RESUMO:
Kant propôs seu sistema sobre uma base de positivismo científico,
empirista e solipsista, ao definir espaço e tempo como condições
formais a
priori
e invariáveis da realidade na forma de “intuição
pura”, oriundos
da subjetividade do sujeito,
e, assim, garantidores da objetividade dos dados físicos, como
justificativa transcendental da objetividade científica, percebida
por um sujeito portador da dádiva natural da percepção empírica
dos fenômenos físicos, todavia, a física contemporânea demonstra
a relatividade e fluidez do espaço e do tempo, constatação que
levanta questionamentos sobre a validade da visão kantiana de espaço
e tempo como formas a
priori,
sobretudo depois das descobertas da física quântica que permitem
uma percepção mais adequada da objetividade do universo e da
liberdade humana inerente ao indeterminismo do real.
1.
A teoria do conhecimento de Kant: “intuição
pura”
e
percepção empírica.
Immanuel
Kant (22/04/1724-12/02/1804) arquitetou sua teoria do conhecimento
segundo o modelo empírico-lógico, que o mantém no centro dos
debates teóricos até o presente, em grande parte devido ao divórcio
entre as grandes áreas das ciências humanas e das ciências
naturais.
A
objetividade científica, segundo o método kantiano, é fundada na
subjetividade do sujeito, conforme o “dogma” da ciência moderna
de que o conhecimento teórico tem origem na abstração reducionista, que exclui os atributos qualitativos e considera somente os aspectos quantitativos, e é validado pela prova empírica mental, pois esta forma de validação é considerada somente em seu aspecto abstrato e matemático.
Esta objetivação simplificadora do objeto se apossa dos dados quantitativos, tomando a parte pelo todo, como se o objeto de estudo fosse somente uma matéria inerte e submissa ao agente pensante, numa postura de supremacia do sujeito pensante por sobre o objeto pensado, pois o objeto seria separado do sujeito, e este deveria agir como dominador daquele.
Kant prosseguiu a justificação do método cartesiano que vigorou de forma imperativa entre os séculos XVII e
XIX, e propôs uma espécie de empirismo idealista para sustentar esta forma de imperialismo do pensamento e da idéia, numa postura de crítica da racionalidade reducionista sobre o mundo incrivelmente complexo e irredutível percebida pelo sujeito que é dotado do senso comum e do realismo ingênuo.
Assim a
possibilidade do conhecimento científico-filosófico para Kant está
no “âmbito do conhecimento teórico da razão pura não se
estende além dos objetos dos sentidos” (1995, p. 35), tal
proposição, também, trata da possibilidade de um conhecimento a
priori dos objetos dos sentidos.
O
conhecimento, assim, deverá ser confirmado pela intuição pura,
portadora de um “esquema”
a
priori
de espaço e tempo “ambos
representando os objectos apenas como objectos dos sentidos e não
como coisas em geral”
(KANT, 1995, p. 36).
O
sábio de Königsberg define o espaço e o tempo como intuições
puras, pois:
"Eliminai,
pouco a pouco, do vosso conceito de experiência de um corpo
tudo o que nele é empírico, a cor, a rugosidade ou macieza, o peso,
a própria impenetrabilidade: restará, por fim, o espaço que
esse corpo agora totalmente desaparecido ocupava e que não podereis
eliminar" (KANT, 2001, p. 65, itálicos no original).
O
tempo não é um conceito empírico que derive de uma experiência
qualquer. Porque nem a simultaneidade nem a sucessão surgiriam na
percepção se a representação do tempo não fosse o seu fundamento
a priori. Só pressupondo-a podemos representar-nos que uma
coisa existe num só e mesmo tempo (simultaneamente), ou em tempos
diferentes (sucessivamente)" (KANT, 2001, p. 96, itálicos no
original).
Logo,
segundo a proposta kantiana, as formas a priori do espaço e
do tempo fazem parte de nossa estrutura cognitiva, e são condições
de possibilidade para pensar, e perceber, os fenômenos sensíveis em
geral.
O
modo de pensar kantiano, sobre o tempo e o espaço é considerado a
forma de “intuição pura” e esta seria o limite do
conhecimento teórico.
Assim,
tempo e espaço, como manifestações da “intuição
pura”
se tornam o pressuposto formal para a existência da própria
percepção sensível, e, assim, funda-se o método “dogmático
no
interior desse âmbito, mediante
leis que ele prescreve a priori à natureza enquanto totalidade dos
objectos dos sentidos,
mas sem
jamais ir além desta esfera,
para se alargar teoricamente com os seus conceitos”
(KANT, 1995, p. 37, g.n.).
Em
resumo, o processo de validação da prova científica empírica é
imanente ao sujeito portador de razão pura, pois:
a)
o sujeito possui a representação do conceito, denominada de razão
pura ou teórica;
b)
a razão pura é validada pela prova empírica, com a participação
do sujeito dotado de “intuição pura”;
c)
o sujeito, por uma dádiva da natureza, possui a percepção dos
sentidos, cujo suporte está no esquema a priori fornecido
pela “intuição pura” de espaço e tempo;
d)
desta dádiva natural deriva a operação de subsunção entre a
razão pura e o dado empírico, como forma de conferir certeza sobre
a realidade percebida, num processo de aplicação (método) de leis
abstratas e gerais (conceitos puros do entendimento) sobre casos
concretos (fenômenos).
Com
fundamento nesta perspectiva dogmática, na qual o dado fixo e
referencial é a própria “intuição
pura”
de espaço e tempo, oriunda da subjetividade do sujeito como um dado
apriorístico misteriosamente presente de forma pressuposta na mente
do mesmo, uma intuição portanto, erige-se o sistema kantiano, e sua
teoria do conhecimento, pois é a “intuição
pura”
que dá suporte à “razão
pura”,
base do conhecimento de conceitos puros do entendimento, que
fundamenta os princípios e leis prescritas a
priori
para a totalidade dos objetos dos sentidos, que se manifestam em
fenômenos.
A
proposta filosófica kantiana, ao definir uma teoria do conhecimento
com base em pressupostos da física newtoniana, e propor que a
realidade é regida por dados fixos e imutáveis relativos ao espaço
e ao tempo, supõe que o real possui uma estrutura conceitual que
implica na aceitação do determinismo, o que por sua vez exclui
qualquer concepção de livre-arbítrio, filosofia esta cuja
influência e repercussões sentimos até hoje.
2.
Stephen Hawking: o domínio da lei e a morte da filosofia.
Stephen
Hawking, em sua obra “O Grande Projeto”, nos oferece uma
filosofia da ciência com sabor kantiano ao afirmar que a “filosofia
está morta”
(2011, p. 07), pois alega que esta não se manteve a par dos
desenvolvimentos modernos da ciência, especialmente da física.
Não
obstante o obituário da filosofia feito por Hawking, este nos brinda
com um argumento digno do racionalismo empirista kantiano, ao afirmar
“o domínio da lei” soberana do determinismo,
socorrendo-se de Galileu ao referir que “a observação é a
base da ciência e de que o propósito da ciência é investigar as
relações quantitativas existentes entre os fenômenos físicos”
(2011, p. 20).
Nesta
linha de raciocínio é feita a afirmação do determinismo
científico como base de toda a ciência possível, uma vez que o
domínio da lei não admite exceções.
Inclusive
no que concerne ao estudo das relações humanas sociais, visto que
os seres humanos “vivem no universo e interagem com objetos
dentro dele, o determinismo científico deve valer igualmente para as
pessoas” (HAWKING, 2011, p. 24), afinal “parece que somos
apenas máquinas biológicas e que o livre arbítrio não passa de
uma ilusão” (op.cit., p. 25).
Assim
sendo, Stephen Hawking mesmo afirmando a morte da filosofia vitaliza
a filosofia kantiana, cujo caráter dogmático funda-se no domínio
da lei que julga a realidade, incluída a vida humana, sob o mais
feroz determinismo científico.
3.
O tempo e espaço sob a perspectiva da física contemporânea.
A
física contemporânea demonstrou a relatividade e fluidez do espaço
e do tempo, o que nos faz perguntar qual a validade do esquema a
priori, pressuposto na intuição pura propugnada por Kant.
Hans-Peter
Dürr (7/10/1929-18/05/2014) relata que a mecânica clássica não
mais serve para explicar inúmeros fenômenos físicos, como os
elétrons e o magnetismo.
A
formulação da mecânica quântica revelou aos cientistas “para
sua surpresa que os seus conhecimentos de, e o seu saber sobre, a
realidade por eles imaginada em abstracto têm muito a ver com os
métodos com os quais investigam a natureza” (DÜRR, p. 40).
Para
esclarecer a afirmação supramencionada, lanço mão de uma versão
resumida da parábola de Sir Arthur Eddington, citada por Dürr, ao
descrever uma rede feita para pescar peixes de 05 centímetros ou
mais.
Evidentemente,
referida rede, somente pode pegar peixes dentro de seu limite de
mensuração.
O
cientista considera-se livre de recorrer ao que considera como vagas
especulações, pois contenta-se com o que consegue apanhar com base
nos limites possíveis de mensuração eleito por seu método de
pesquisa.
Um
metafísico, que aceite a objetividade do mundo, considerará tal
método inadequado para abarcar toda a realidade dos peixes, pois o
universo de peixes é muito mais amplo que os limites subjetivos da
rede.
O
epistemólogo, dá razão ao metafísico, sobre o caráter subjetivo
e parcial da afirmação do cientista, acerca do tamanho mínimo dos
peixes possíveis de captura, mas, afirma que não se deve perder
tempo medindo todos os peixes, para determinar o tamanho mínimo
desta categoria de ser, basta medir a própria rede, aquilo que não
for observável e mensurável não será objeto de análise
científica:
"Este
modo epistemológico de encarar o problema confere validade absoluta
à lei. Isto corresponde ao enunciado de Kant, segundo o qual as
descobertas gerais fundamentais da Física dão bons resultados na
experiência porque estabelecem condições necessárias para a
experiência" (DÜRR, p. 42, itálicos no original)
A
rede simboliza o estreitamento da realidade, e a alteração
qualitativa operada pelo nosso pensamento, e relaciona-se à
possibilidade de se conhecer cada vez melhor a “estrutura”
e não o conteúdo da realidade, o que implica no risco de “descurar
das coisas” (DÜRR, p. 44).
Compreender
algo, segundo o método científico, “significa, em primeiro
lugar, desmontá-lo aos ‘componentes’ respectivos, analisá-lo,
ao todo volta-se fazendo a soma das suas partes” (DÜRR, p.
47).
As
relações inerentes ao todo implicam numa totalidade maior que a
soma das partes, tal como acontece com um ser vivo, afinal, não se
realiza uma vivissecção de uma cobaia, com a separação de todos
os órgãos vitais do objeto de estudo, para depois o método
científico devolver a vida, que preliminarmente foi extirpada, com a
simples junção das partes anteriormente separadas.
Assim,
deve-se contrapor ao desejo de poder e predomínio inerente ao método
cientifico a “difusão de um novo paradigma que já não se
orienta pelo termo estático de ‘estado’, mas sim pelo termo
dinâmico de ‘processo” (DÜRR, p. 57), que reconhece a
impossibilidade da predominância de tal método, quando este abstrai
aspectos fundamentais da realidade, e acaba por tomar a abstração
pela própria realidade.
A
visão mecanicista clássica nega o acaso, tudo obedece ao
pressuposto formal da “intuição pura” determinística
inerente à fixidez de espaço e tempo, que implica para o ser humano
não possuir “espaço para qualquer liberdade de acção! A
História mundial iria decorrer tão inamovível como um relógio!
Também não haveria qualquer compreensão em princípio do que
distingue o ‘presente’ e do que este significa” (DÜRR, p.
48).
O
indeterminismo quântico torna o presente “o
momento em que a possibilidade cristaliza em facticidade, em
realidade”
(p. 50), pois:
"O
decorrer do tempo reflecte um processo evolucionário constante. A
evolução, com isso, no fundo, não se situa no tempo, antes tempo e
evolução são, pelo seu carácter mais íntimo, a mesma coisa. O
respectivo presente designa a constante concretização de
possibilidades em realidades, correspondendo a um contínuo processo
de ordenamento" (DÜRR, p. 54).
A
mecânica quântica descreve os fenômenos naturais fora dos
parâmetros mecanicistas clássicos, com um caráter de
desenvolvimento contínuo em função da essência probabilística
intrínseca à realidade, e, assim, Dürr é enfático ao afirmar que
a “Criação não terminou, o mundo acontece de uma forma nova a
cada momento” (p. 47).
O
debate científico contemporâneo afirma que o termo “física de
partículas” tem se revelado inadequado, pois o que os físicos
insistem em denominar “partículas” não existe:
"Deveríamos
adotar o termo “partícula quântica, mas o que justifica o uso da
palavra partícula? É melhor enfrentar os fatos e abandonar o
conceito para sempre. Alguns consideram essas dificuldades como
evidências indiretas para interpretação pura de campo na teoria
quântica de campos. Segundo esse raciocínio, partículas nada
mais são que ondulações de um campo que preenche todo o espaço
como fluído invisível" (KULMANN, 2014, g.n.)
A
ciência em seu atual estágio de desenvolvimento não mais reconhece
o tempo e o espaço como intuições puras a priori, que
conformam os demais fenômenos, pois passam a manifestar condições
indeterminadas, porque probabilísticas, e, não locais, dado que as
partículas inexistem como tais, pois são ondas dentro de um campo,
fluído e invisível, num total contraponto ao atomismo preconizado
na física newtoniana, pois passam à condição de intuições
impuras a posteriori.
4.
O indeterminismo como aceitação da objetividade do mundo e como
fundamento da ética da liberdade humana.
Reverbero
Dürr, quando este afirma que precisamos retomar uma ontologia e uma
antropologia que considerem a experiência pessoal e individual,
integrada numa realidade total: “onde ainda não começamos a
separar-nos como sujeito do objeto, onde ainda não começamos a
contrapor ao nosso Eu existencial um mundo exterior objectivamente
examinável” (p. 43).
Neste
diapasão Dürr propõe que as experiências religiosas e artísticas
devem ser consideradas, mesmo que não preencham os critérios das
ciências naturais para uma abordagem científica, e “por
isso não podem ser confrontadas com as ciências naturais, nem podem
entrar em contradição com estas – para voltarmos à imagem da
parábola, relacionam-se aos peixes que não podem ser apanhados”
(p. 43).
|
Wolfgang Smith |
Para
não deixar sem resposta a afirmação da morte da filosofia
enunciada por Hawking, adoto o argumento de Wolfgang Smith, que em
sua obra “Ciência e Mito” distingue, categoricamente, entre
pensamento e linguagem, sendo que “o
pensamento é um ato intencional que busca apreender um objeto por
meio de um conceito”,
enquanto que a linguagem “é
algo subsidiário ao pensamento: trata-se de seu veículo – aquilo
que serve para expressar e comunicar o pensamento”,
para então afirmar que quando
se fala de filosofia há a primazia do pensamento sobre a linguagem,
ao passo que para a ciência a relação é invertida
(2014, p. 224).
O
“modus operandi do cientista é o oposto ao filosófico: em vez
de ‘abrir’ o conceito na busca por um objeto transcendente, ele o
fecha, para consolidar sua apreensão sobre os fenômenos”, e,
é neste momento decisivo que a linguagem adquire sua função
fundadora, em que Smith, citando Jean Borella, esclarece que a
ciência, por meio da linguagem científica, realiza o “fechamento
epistêmico do conceito, pelo qual a ciência se define, é
efetuado por meio de um critério de cientificidade
que é especificado no nível da expressão formal ou linguística”
(2014, p. 225, destaques no original).
A
liberdade humana é intimamente vinculada à liberdade de pensamento,
quando tratamos de filosofia lidamos com o ato de liberdade
fundamental de abertura ao conhecimento, em todas as suas formas de
manifestação.
A
postura determinista é a consequência do corte metodológico típico
do fechamento epistêmico que cria a própria linguagem
científica, o que é irônico, pois a possibilidade da existência
da proposta filosófica do determinismo está no fato de que o seu
proponente tem, necessariamente, o conhecimento da proposta oposta,
isto é, o indeterminismo, e, assim, o defensor do mecanicismo tem a
liberdade de negar a própria liberdade, com base em sua proposta
reducionista autoimposta por uma metodologia eleita pelo pesquisador.
A
possibilidade de abertura
epistêmica
do pensamento é a base da liberdade humana mais íntima, da qual
todas as outras emergem no mundo, esta possibilidade humana tem seu
fundamento físico na natureza indeterminística presente na
objetividade do real, tão bem demonstrada cientificamente pela
física contemporânea, que descreve partículas tal qual os
pensamentos que percorrem o espírito humano, pois o pensar também
gera na mente humana "ondulações
de um campo que preenche todo o espaço como fluído invisível".
5.
Considerações finais.
A
proposta kantiana de tempo e espaço, como “intuição pura”,
que forneceria o esquema formal que pressupõe a possibilidade de
existência da percepção, participa do fechamento epistêmico
do conceito de realidade, por abordar a filosofia com base em
pressupostos do método científico observacional empírico
naturalista, que necessariamente abstrai o que não pode ser
mensurado quantitativamente.
Ocorre
que os objetos físicos, tratados em nível quântico, não são
“observáveis” pela intuição sensível, e, embora sejam
mensuráveis, somente o são em aspectos parciais e específicos,
conforme o método de pesquisa eleito pelo cientista, se este buscar
partículas as achará, se buscar ondas as encontrará, mas, algo
escapa à pesquisa, pois os mesmos objetos podem responder ora como
onda ora como partícula, e esta realidade constrange o universo da
ideologia científica em vigor, que se propõe defensora do
determinismo cartesiano de viés kantiano, como portador da certeza
científica segundo o método da mensuração quantitativa.
Em
suma, a filosofia está viva, e não se confunde com a ciência, pois
esta é refém de seu método, e está presa aos seus modelos de
validação (a priori), aquela é o exercício da liberdade,
diante de um universo enigmático e espantoso, no infinito exercício
de buscar respostas que aplaquem a sede de saber humano, e, na
tentativa de obter a solução de tais enigmas, é a filosofia que
cria os modelos, posteriormente adotados pela própria ciência,
mesmo que seja para negar a liberdade e a própria filosofia.
Referências
DÜRR,
Hans-Peter. Da ciência à ética: a física moderna e a
responsabilidade do cientista; tradução de Lumir Nahodil. –
1.ed. Lisboa: Instituto Piaget, 1999.
HAWKING,
Stephen; MLODINOW, Leonard. O grande projeto. Nova Fronteira:
Rio de Janeiro, 2011.
KANT,
Immanuel. Crítica da razão pura. Tradução Manuela Pinto
dos Santos e Alexandre Fradique Morujão; introdução e notas
Alexandre Fradique Morujão. 5.ed. Fundação Calouste Goubenkian:
Lisboa, 2001.
______________.
Os progressos da metafísica. Tradução Artur Morão. Edições
70: Lisboa. 1995.
KULMANN,
Meinard. O que é real? in Scientific American Brasil –
Edição Especial Física e Astronomia 1; Ediouro: São Paulo. 2014.
SMITH,
Wolfgang. Ciência e mito: com uma resposta a O Grande
Projeto, de Stephen Hawking. Tradução Pedro Cava. 1.ed. CEDET:
Campinas, 2014.