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quarta-feira, 14 de julho de 2021

UM INFIEL PERANTE O ESTADO-iGREJA




Existem três conceitos centrais no pensamento gramsciano, que são:


a) o "intelectual orgânico" que é qualquer pessoa com influência política e social que seja capaz de converter novos fiéis para a "verdade" do socialismo-comunismo;

b) a "hegemonia" que é o resultado da expansão da fé do socialismo-comunismo, por meio de seus apóstolos "intelectuais orgânicos", ou seja, é o resultada da execução de um projeto que finaliza expandir a influência do pensamento socialista, ao ponto de submergir a sociedade na linguagem politicamente correta de viés socialista-comunista, cria-se a polícia do pensamento, estabelece-se e consolida-se a formação cultural de um povo para somente de pensar da forma permitida pela hegemonia social-comuna;

c) em consequência do apostolado orgânico da revolução cultural, que estabelece uma hegemonia da política de esquerda, que por sua vez só permite o debate dentro do universo socialista, então, teremos o Estado-igreja (deixo o segundo termo em minúscula para não equiparar a macaquice esquerdista com a Santa Madre Igreja), fenômeno que no Brasil foi extremamente acelerado no interregno entre entre 1985 e 2018, ao ponto que foi consolidada uma hegemonia da política de viés esquerdista, que por muito pouco nos lança na etapa final e violenta da revolução comunista.

O Estado-igreja, cujo dogma é a fé politicamente correta do socialismo-comunismo, só permite a existência da "direita permitida", ou seja, a direita da esquerda representada por socialistas moderados ou social democratas ao estilo do PSDB.

Daí, em 2018 ocorreram eleições e desde 2019 surgiu um anátema, uma blasfêmia que desde então vem abalando as fundações do Estado-igreja, afinal, o quão absurdo é haver uma "polarização" no universo regido pela hegemonia da fé comuno-social?!

Por sinal, a comunidade dos fiéis da política-correta, que agora pede a fogueira contra os infratores, que promovem a demonizada "polarização", são identificados na teoria de Antônio Gramsci com o termo representantes da "sociedade civil" (1), ou seja, aqueles que possuem permissão para ter a "liberdade de expressão" ou, pior, a "liberdade de imprensa".

O Estado-igreja, uma representação do inferno na Terra, está abalado, e os seus apóstolos social-corretos estão rugindo e rangendo dentes a cada vez que o nome de Deus é proferido por aquele governante que possui Messias no nome, e tem sido muito mal educado conforme os padrões politicamente permitidos.

(1) Gramsci traduz na antítese sociedade civil/sociedade política uma outra grande antítese histórica, a que se dá entre a Igreja (e, em sentido lato, a Igreja moderna é o partido) e Estado. Por isso, quando fala de absorção da sociedade política na sociedade civil, ele pretende referir-se não ao movimento histórico global, mas somente ao que ocorre no interior da superestrutura, a qual é condicionado por sua vez - e em última instância - pela modificação da estrutura: temos, portanto, absorção da sociedade política na sociedade civil, mas, ao mesmo tempo, transformação da estrutura econômica dialeticamente ligada à transformação da sociedade civil." (Norberto Bobbio, O conceito de sociedade civil, original italiano: Gramsci e la concezione della societá civile, Edições Graal Ltda., Rio de Janeiro, 1994. 51-2)

domingo, 1 de novembro de 2020

SOBRE EUGENIA E REVOLUÇÃO



A nova ferramenta revolucionária, no sentido de imposição do Estado totalitário socialista, é justificada pela suposta proteção da saúde pública por meio da aplicação de medidas político-sociais fundadas na ideologia da eugenia, uma busca histérica da evolução humana com base em uma saúde perfeita, custe o que custar.

A tentativa de impor restrições aos direitos individuais por meio da agenda climática revelou-se um projeto muito lento em seus efeitos sociais, afinal as evidências estão sempre presentes para refutar as teorias da moda.

Então, eis que sacaram a carta da pandemia para reativar o velho projeto darwinista de revolução por meio da purificação da sociedade, com base em razões biológicas de caráter seletivo e evolutivo, ou seja, a regulação social que alega supostas racionalidades científicas, pois a eugenia é uma cientificismo ideológico.

Hoje a raça pura não mais será aquela teutônico-germânica, mas, sim algo mais difuso e democrático, isto é, o novo critério de pureza e perfeição eugênica e social vincula-se ao comportamento politicamente correto de conformismo e submissão mais abjetos e bovinos.

A desculpa para se vender a própria liberdade em troca de uma diáfana "sensação de segurança" mudou, mas o tratamento ainda tem a mesma receita da velha eugenia: campos de quarentena no lugar de campos de concentração, estigmatização social por meio da máscara no lugar da estrela de Davi bordada na roupa, progressiva supressão e/ou controle do direito de ir e vir com base na marcação chamada de "vacinação", em substituição aos números em série tatuados no braço.

A eugenia e seu ideal de segurança e perfeição está criando políticas na qual a liberdade que se exploda, não mais existe esse negócio de meu corpo minhas regras e livre arbítrio, salvo para a prática do aborto.

Durante a pandemia, que vivenciamos neste histórico ano de 2020, os pequenos negócios seguem sendo destruídos e o cidadão comum acostuma-se às ideias socialistas de dependência estatal, enquanto os bilionários compram tudo a preço de ocasião.

Além dos meta-capitalistas há a internacional comunista, que se expande cada vez mais! 

Globalismo e totalitarismo são complementares na criação da nova casta governante, que almeja escravizar a humanidade com base no modelo comuno-chinês de capitalismo selvagem.



Não é à toa que as novas pragas sejam chinesas, tanto o vírus quanto o exemplo de política eugênica.

quarta-feira, 27 de maio de 2020

O INIMIGO NÃO NOS CONHECE, MAS NÓS O CONHECEMOS.

Considero que esse bafafá criado pelo STF, ao perseguir a imprensa bolsonarista, é uma tentativa de provocar uma reação destemperada do governo.

Não me arvoro em cobrar posições institucionais imediatas, seja do PGR, pois este tem o tempo do processo para se manifestar, seja do Ministro da Justiça, que considero que é um tipo de agente de contato dentro do STF.

Na prática quando o inquérito inconstitucional do STF é concluído em relação a cada investigado, e quando este é um cidadão comum, e, por não possuir foro privilegiado há um encaminhamento dos autos para as comarcas locais de primeira instância, e lá todos estão sendo arquivados por falta de amparo legal.

O que creio que tem que ser feito é colocar as barbas de molho, aproveitar a repercussão para aumentar o alcance da mídia da direita, deixar a corda se esticar e se enrolar cada vez mais no pescoço destes abusados.

Nesta hora compreendo cada vez mais a tranquilidade com a qual a lei de abuso de autoridade foi referendada pelo Bolsonaro.

terça-feira, 12 de maio de 2020

Aforismo e pensamentos vários durante o cárcere do Covid-1984

Sustentar a sanidade mental e espiritual requer coragem para confrontar profundos instintos de medo e desespero.

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Até mesmo um grão de poeira pode travar um mecanismo quando interfere em uma engrenagem.

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Essa peste é sobretudo uma praga de desamor ao próximo.

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Só sei que os homens maus já dominaram o mundo por um bom tempo, e estão acelerando o processo para obtenção de poder absoluto.

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Minha opinião: tudo começou no Renascimento, tudo foi potencializado no Iluminismo, tudo está sendo executado desde a Grande Guerra, é um projeto cósmico no sentido humano, terreno e conspirativo de criar uma nova fase imperial no mundo, com senhores de povos dotados de poderes supremos e por isso sagrados.

Diria que nossos tempos são escatológicos, não é por acaso que a China é representada pelo dragão.

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Estamos numa fase em que a depressão e a hipocondria, e seus medos irracionais, foram democratizados.

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O desafiador é testemunhar a própria tragédia sem desesperar, esse é o desafio inscrito na boa nova cristã.

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Em breve os recalcitrantes serão chamados de baratas e lhes será cabível aplicar medidas educacionais ou o simples extermínio?

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Utilizareis o cabresto que vos despersonalizará e lhe conferirá o direito de se juntar à manada proibida de aglomerar-se!

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Confiai nas práticas epidemiológicas do partido ateu e científico chinês, afinal o materialismo dialético é dito científico.

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Temereis o próximo como uma praga ambulante!

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Hoje em dia, diante de tantas versões sobre os fatos na imprensa, como tem sido em relação às formas de tratamento da peste chinesa, sua prevenção ou dimensão, já nem sei quando um texto é uma descrição fiel dos fatos, uma reflexão sobre a própria alma que noticia, ou mesmo um misto de tudo isso com a possibilidade de uma terceira ou quarta via interpretativa quando diante dos fatos. creio que seja tudo isso e ao mesmo tempo nada disso. Mas, certamente, vivemos tempos em que caminhamos para a maturidade, por conta de nossas desilusões, só me resta uma firme convicção: atualmente cada governante local está investido do poder sagrado e absolutista de "defender a saúde publica". 

A eugenia é um deus que exige sacrifícios rituais e liturgias doentias cada vez mais radicais!

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O mal origina-se do medo e do temor irracionais, a misericórdia está sendo suprimida dos corações, por meio de decretos governamentais que fomentam o ódio ao próximo.

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Constituição é o nome bonito para centralização de Poder, o problema decisivo é a qualidade dos valores morais de quem opera tal processo político e jurídico de concentração.

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Cada especialidade possui suas profundidades, e o explorador corre o risco de acreditar cada vez mais na lanterna que ele utiliza para sua exploração, uma luz artificial presa à sua cabeça.

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Os clássicos da literatura, da ciência, da filosofia, de qualquer coisa que valha a pena, a galera não tem referência e por isso começa a acreditar que existe uma literatura jurídica.

Quando ouço a expressão "literatura jurídica" quero pular pela janela mais próxima!

O direito para essa turma começa com a revolução francesa e evolui com base nas opiniões de Foucault.

Até aprendi o que é o panapticon naquele livro da coleção primeiros tropeços "o que é o direito", que nada mais é que um manifesto comunista do direito, e quando lia o diário mínimo do maldito Humberto Eco, um esquerdista erudito, coisa rara, que pelo menos fazia a piada de uma anapticon, onde o vigia nada vida do lado de fora.

Pelo menos o livro "A luta pelo direito" do Rudolf von Ihering nos remete para a leitura de "O mercador de Veneza", o início da jurisprudência do golpe do baú.

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Há lealdades maiores do que as pessoais, mas elas devem ser a Deus, não ao positivismo.

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Poderíamos fazer uma constituinte para simplesmente manter a atual constituição até o art. 7º, e tornava toda a matéria restante assunto de lei ordinária.

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UMA SOCIEDADE DA CONFIANÇA NO CIDADÃO E EM SUA AUTONOMIA FUNCIONA ASSIM, SEM AUTORITARISMO SE VENCE A PANDEMIA

"Pode explicar as diferenças da estratégia sueca? Passa pelo distanciamento social com algumas restrições, como as visitas aos lares de idosos, mantendo-se abertas as escolas com alunos dos zero aos 15 anos, tal como os restaurantes e bares?

A estratégia tem também uma componente de confinamento, mas é voluntária. Não há leis, não há polícia nas ruas. Mas a ideia principal por trás da estratégia sueca é que as pessoas não são estúpidas: se dissermos às pessoas que esta é uma boa forma de não ficarem infectadas, de proteger outras pessoas, elas normalmente fazem o que se lhes diz. Percebem e seguem os conselhos."

Johan Giesecke, epidemiologista sueco 

Fonte: 


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O cidadão comum não está nem aí para a política, mas quando surgem ataques sistemáticos contra seu modo de vida a direita surge como uma reação imunológica para permitir a sobrevivência.

Minha impressão é que os tempos ruins incentivam a consciência sobre a existência do mal na política e a necessidade de contraposição, e os tempos bons geram acomodação em ralação a este mal.

Reputo que é liberdade humana, individual e coletiva, de locomoção e de trabalho, de autorrealização e de expressão, submetidos ao arbítrio dos donos do poder no controle da máquina pública que de prestadora de serviços públicos ao cidadão passa a ser uma organização tirânica feitora de escravos descartáveis, a diferença entre direito e crime, entre Estado de Direito e Estado criminoso, entre uma República e uma República Democrática Comunista.

sexta-feira, 1 de maio de 2020

A SORTE ESTÁ LANÇADA!

Amanhã (02/05) Moro irá depor na PF de Curitiba, chega a ser simbólico a forma como ele retorna àquela vizinhança.

As redes sociais estão agitadas e alertando para um possível golpe do STF, pois bem, o tal golpe teria que ter a participação do PGR e do Vice Presidente.

O depoimento do ex-ministro por si só será somente um meio de coleta de prova, ainda teria que ser formulada uma eventual denúncia pelo MPF, para posterior encaminhamento e votação no plenário da Câmara dos Deputados.

Muitos passos processuais, mas, também, há o alerta de que no  Fantástico deste domingo (03/05) haverá uma ataque midiático contra Jair Bolsonaro, com base em provas forjadas para tentar responsabilizá-lo pela morte daquela deputada psolista, conforme tem sido noticiado pelo deputado carioca Otoni de Paula.

Por outro lado, nem consigo antecipar o que poderá vir ainda, uma vez que alguns outros movimentos já estão em andamento, tal como a denúncia-crime de corrupção contra o mineiro cheirador por propina de 65 milhões de reais, e os vazamentos e contra-vazamentos de áudios paulistas suínos psdbistas.


Amanhã será mais um dia interessante, principalmente, em Curitiba.


Claro! Caso haja uma eventual e incrível ocorrência de destituição  presidencial, por medida liminar expedida pelo STF, aí sim teremos um golpe, mas, isso, parece-me boato de quem não conhece processo... 

Todavia, se o STF ignora a constituição, o que direi de um mero código de processo civil ou criminal?!


O Presidente Bolsonaro, ao enfrentar o sistema representado pelo Moro de triste biografia, provocou a reação do sistema que resolveu atravessar o Rio Rubicão.

"Alea jacta est".

quarta-feira, 22 de abril de 2020

DIÁRIO DO CÁRCERE - PLANETA PRISÃO - COVID-19

22/04/2020 - Depois de abster-me de registrar a miséria de viver no planeta prisão por alguns dias, hoje notei que passamos estes dias por datas históricas muito significativas, pois dia 19/04 é o dia em que houve a Batalha de Guararapes, na qual os holandeses foram derrotados e permitiu a preservação de nosso patrimônio cultural português nas terras brasileiras, em 21/04 comemora-se nossa conspiração revolucionária contra o autoritarismo e o excesso tributário na forma de confiscos, tão semelhantes aos que estão ocorrendo pelos Estados Autoritários em secessão político-administrativa, mas que permanecem confederados pelos laços financeiros, e, no dia de hoje, temos a data em que Pedro Álvares Cabral aportou no litoral de nossa amada Terra de Santa Cruz, no mais, já fiz dois passeios com minha vira lata no pátio carcerário que costumávamos chamar de rua, obtendo um pouco de banho de luz do Sol, este que continua alevantando-se todo dia, sem qualquer temor de contrair o vírus do pânico.

sábado, 11 de abril de 2020

Diário do Cárcere - Presídio Covid-19 - 05

11/04/2020 - Hoje aproveitei uma inspiração e redigi um texto sobre a guerra psicológica chinesa, por isso me fingi de morto o dia inteiro, espero que após a Páscoa o Brasil ressuscite deste transe. Aliás, hoje o Mito passeou com vários judas ao visitar um hospital de campanha, mas, conforme a mídia extrema noticiou ele foi causador de uma aglomeração de fanáticos, ora veja só, agora apelaram para um adjetivo clássico quando não há mais argumentos, creio que há fumaça de tentativa de golpe no ar, mas ainda creio na Providência, veremos!

ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE A GUERRA MIMÉTICA PROMOVIDA PELA CHINA



Conheça algumas das pandemias que marcaram a história da ...

Já está bem definido que estamos sofrendo efeitos múltiplos da pandemia de Saars Covid-19, que passarei a denominar de peste chinesa.

A multiplicidade de efeitos extrapolam, em muito, a natureza clínica do mal provocado pela peste chinesa, pois esta contaminação tem causado epidemia de pânico em diversas nações, e está alimentando, provavelmente, a maior crise econômica da história da humanidade.

Tais epidemias, viral e psicológica, também, têm causado severos surtos autoritários, motivados pela suposição de que salvar vidas humanas é mais importante que respeitar direitos humanos.

Tais fatos poderão servir de precedente para a conduta em futuras emergências de diversas naturezas, pois o que impedirá o mesmo tipo de atitude autoritária numa eventual emergência climática ou ecológica, ou até numa situação de natureza política?

O foco desta exposição é o que considero ser uma guerra mimética, promovida por meio de uma eficiente aplicação de técnicas de manipulação psicológica, e ações de desinformação, patrocinadas pela China e seus agentes implantados na Organização Mundial da Saúde.

Há também uma evidente colaboração de agentes de influência e idiotas úteis, presentes na grande mídia e nos cargos políticos simpáticos ao regime comuno-fascista chinês.

Entendo ser adequado identificar o governo chinês como comuno-fascista em face de o sistema político e econômico chinês unificar o totalitarismo político com o eficiente autoritarismo nacionalista e dirigista da economia, implementado pelo PCC.

Imagino se o acrônimo brasileiro PCC não teria sido inspirado na versão chinesa, afinal ambos são propostas de criação de Estados do Crime!

Passando ao objeto de análise que me proponho estudar, verifico que, em paralelo à pandemia viral, houve a viralização de pânico psicológico, disseminado de forma ampla e abrangente, fator este que afetou, com tal enormidade as populações, que motivou a adoção não de políticas de quarentena médica, mas, sim, de grandes paralisações econômicas e sociais, típicas de um quadro grave de  uma severa síndrome do pânico, um medo agudo da morte que fez  sociedades inteiras se esconderem embaixo da cama, dentro do armário e subir ao sótão.

O quadro geral da peste chinesa manifesta-se de forma dupla:

a) é um vírus que causa uma doença física;

b) é uma causa de síndrome de pânico, uma doença mental;

A conjugação de tais manifestações é um potencial destruidor de vidas humanas. tanto por meio de complicações de saúde, física e mental, quanto por meio de problemas oriundos da carência de bens necessários à vida.

Vivemos durante uma pandemia que causa no curto prazo morte predominantemente de idosos e empobrecimento de jovens e adultos, e, no longo prazo mortes indiscriminadas, associadas à miséria e violências, em toda a população.

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O comportamento dos governos e populações em diversas nações tem sido análogo ao de povos primitivos, ao manifestarem temor diante do sagrado em seu sentido arcaico, isto é, o medo do desconhecido desígnio dos deuses que deve ser aplacado por meio de atos religiosos sacrificiais, que são atos violentos sacralizados e racionalizados ritualmente, que objetivam nos proteger da perigosa violência caótica da peste chinesa.

Neste tipo de ritual há o bode expiatório que deverá ser executado, pois todo rito sagrado exige um ato de violência purificadora, que abata uma vítima considerada ritualmente pura, para expurgar a contaminação maléfica da pestilência impura.

Diante da peste chinesa os bodes expiatórios são todas as pessoas em sociedade, e toda e qualquer atividade, que reúna pessoas em "aglomerações" (trabalho, lazer, religião, política, etc.), passamos a ser impuros e contaminantes, por isso o sagrado isolamento.

Opinar contra o sacro isolamento horizontal é um sacrilégio!

O que tem motivado a adoção de isolamentos tão radicais, portanto, é o medo do desconhecido que exige um ritual sagrado, que magicamente, e psicologicamente, conferirá efeitos de salvação, mesmo sendo um entendimento irracional e contrário a todo o conhecimento médico e técnico-científico de séculos de combate a epidemias.

Como tal estado de coisas pôde ocorrer? 

Como a peste chinesa obteve tal efeito?

Ora, se afirmo que houve uma contaminação mimética, estou dizendo que houve uma imitação de um comportamento desejável e aceito como eficaz, um comportamento ritualístico, considerado necessário para a salvação do Povo.

A contaminação mimética em nível mundial foi estimulada pela conduta do governo comuno-fascista da China, ao adotar medidas ditatoriais em nome do bem comum, e pelo fato de que tais medidas foram referendadas pela OMS.

Posteriormente, tais medidas deixaram de ser referendadas, ao mesmo tempo em que houve nova reiteração de que há necessidade de medidas cada vez mais autoritárias, tal como retirar pessoas contagiadas de dentro dos lares isolados, em evidente processo de estimulação contraditória causadora de dissonância cognitiva. para amolecer a capacidade de discernimento de cada um de nós.

Agora passo aos mecanismos de manipulação adotados nesse processo de contaminação mimética.

Primeiro, o quadro geral que vivemos é caracterizado pelo estabelecimento de dissonância cognitiva:

"A teoria da dissonância cognitiva, elaborada em 1957 por Festinger, permite perceber o quanto nossos atos podem influenciar nossas atitudes, crenças, valores ou opiniões. Se é evidente que nossos atos, em medida mais ou menos vasta, são determinados por nossas opiniões, bem menos claro nos parece que o inverso seja verdadeiro, ou seja, que nossos atos possam modificar nossas opiniões." (BERNARDIN, Pascal. Maquiavel Pedagogo - ou ministério da reforma psicológica, 1ª ed., Campinas: Ecclesiae e Vide Editorial, p. 23)

Para que nossos atos sejam manipulados, ao ponto de modificar nossas opiniões, estamos sofrendo uma barragem de artilharia de manipulação psicológica.

Ao iniciar o atual processo de dissonância cognitiva o governo comuno-fascista chinês, em conluio com a OMS, aplicou a técnica "pé na porta", pois entre o final de 2019 e o início de 2020 fomos todos expostos, sistematicamente, ao noticiário sobre a morte massiva de pessoas no meio da rua, dentro de casa, em hospitais lotados, e, simultaneamente, às medidas de isolamento ditatoriais, crematórios móveis, construção de hospitais em 10 (dez) dias, o que deixou patente que a ideia de que isolamento horizontal, isto é, paralisação radical das atividades sociais e laborais, seria uma opção menos custosa que a morte:

"o princípio do pé-na-porta é o seguinte: começa-se por pedir ao sujeito que faça algo mínimo (ato aliciador), mas que esteja relacionado ao objetivo real da manipulação, que se trata de algo bem mais importante (ato custoso). Assim, o sujeito sente-se engajado, ou seja, psicologicamente preso por seu ato mínimo, anterior ao ato custoso." (BERNARDIN, Pascal. Maquiavel Pedagogo - ou ministério da reforma psicológica, 1ª ed., Campinas: Ecclesiae e Vide Editorial, p. 22)

Ora, quando as mortes começaram a ocorrer na Itália e no Irã, algo que surpreendeu o mundo ocidental, este voltou-se para a OMS.

No Brasil, em particular, observo que este órgão da ONU ganhou status constitucional, segundo o STF.

Assim, a classe político-midiática em nível mundial buscou solução emergencial junto à OMS, tendo esta determinado que o exemplo chinês deveria ser copiado, neste sentido, optou-se por obedecer ao prestígio da OMS, esta foi a aplicação da técnica denominada de "normas de grupo":

"'o estabelecimento de normas sociais, como os estereótipos, as modas, as convenções, os costumes e os valores'. Interrogando-se sobre a possibilidade de 'fazer com que o sujeito adote [...] uma norma prescrita, ditada por influência de um companheiro prestigioso (um universitário), e logra obter que o sujeito ingênuo modifique sua norma e a substitua por aquela do companheiro de mais prestígio'." (BERNARDIN, Pascal. Maquiavel Pedagogo - ou ministério da reforma psicológica, 1ª ed., Campinas: Ecclesiae e Vide Editorial, p. 21)

Em seguida, tudo se torna mais fácil neste plano de guerra mimética, pois uma vez que o autoritarismo tornou-se um moda, são acionados os mecanismos da submissão à autoridade em escala global, sendo imediatamente criado o efeito do conformismo perante tais ordens destas mesmas autoridades.

Uma vez que os diversos governos nacionais, estaduais e locais acataram a norma grupal emanada da "Organização Chinesa da Saúde", no dizer do primeiro ministro japonês, e, uma vez que a submissão à autoridade é uma regra da psicologia humana, o conformismo adquire uma energia inercial poderosa.

Atualmente os governos submissos à autoridade da OMS tornaram-se um:

"[...] cego e temível mecanismo: 'Esta é talvez a lição fundamental de nosso estudo: o comum dos mortais, realizando simplesmente seu trabalho, sem qualquer hostilidade particular, pode-se tornar o agente de um processo de destruição terrível'." (BERNARDIN, Pascal. Maquiavel Pedagogo - ou ministério da reforma psicológica, 1ª ed., Campinas: Ecclesiae e Vide Editorial, p. 18)

Estabelecida a contaminação mimética do pânico, na qual todos somos considerados meios potenciais de contaminação viral, fomos eleitos em massa como bodes expiatórios, portadores da violência imunda da contaminação da peste chinesa, e encaminhados para os novos campos de concentração: os lares.

Então, estabelece-se um tremendo efeito de conformismo grupal, no qual a pressão psicológica do grupo é tirânica, pois o pânico é um sintoma da violência sagrada, que deverá ser expurgada pela expulsão do mal, mesmo ao custo do sacrifício da sociedade inteira no altar de uma "ciência" sagrada sob o referendo sacerdotal do PCC/OMS:

Convém notar que, se um dos colaboradores dá a resposta correta, o indivíduo avaliado então se sente liberto da pressão psicológica do grupo e dá, igualmente, a resposta correta, resultado que ilustra bem o papel dos grupos minoritários. A realidade social, contudo, é para estes bem menos favorável, uma vez que as pressões ou sanções são aí muito intensas. (BERNARDIN, Pascal. Maquiavel Pedagogo - ou ministério da reforma psicológica, 1ª ed., Campinas: Ecclesiae e Vide Editorial, p. 19)

Assim sendo, por meio deste amolecimento da racionalidade, que principiou pela indução que é melhor o isolamento radical de todas as pessoas, mesmo ao custo da paralisação das atividades humanas normais (Técnica do pé na porta), preparou-se o mundo para o estímulo do exercício da "autoridade mundial da saúde" a orientar a adoção do isolamento horizontal (Técnica da submissão à autoridade), motivou-se, assim, os diversos governos a impor tal medida absurda e contra o bom senso, que por sua vez provoca um efeito disseminador de conformismo, atitude esta que passa a ser forçada pelos demais integrantes da sociedade uns sobre os outros (Técnica do conformismo), tudo motivado pelo medo da morte e pela esperança em salvar-se desta por meio da manutenção da pureza ritual do isolamento, mesmo que tal situação seja uma fantasia mental de um quadro de doença de pânico, uma solução mágica cujo efeito psicológico nubla a percepção da realidade concreta da vida, uma vida que necessita de normalidade para prosseguir.

sexta-feira, 10 de abril de 2020

Diário do Cárcere - Presídio Covid-19 - 04

10/04/2020 - Ontem decidi não entrar em debates políticos para hoje ser envolvido em discussão sobre o catolicismo ter começado com o Imperador Constantino enquanto eu levantava a bola de Pedro, mas tudo acabou bem com ninguém abrindo mão de suas posições teológicas e/ou historicistas. Enquanto isso nosso sigilo de dados telefônicos foi derrubado por decretos estaduais, e aqui fico na expectativa das futuras ações de indenização por danos morais e ações penais por abusos de autoridade que serei contratado para redigir. A Paixão de Cristo prosseguirá para o Povo pois os vendilhões estão lucrando com todo esse sofrimento.

quinta-feira, 9 de abril de 2020

Diário do Cárcere - Presídio Covid-19 - 03


09/04/2020 - Acendeu-se o debate sobre as virtudes de imprimir dinheiro para estimular e recuperar a economia, e haja explicar no WhatsApp que papel não é o mesmo que moeda, e que papel-moeda não é nutritivo o suficiente para substituir o feijão com arroz, daí a discussão, do nada, passa para a ineficácia da cloroquina em salvar todas as pobres vítimas do vírus dracônico, por essas e outras decidi iniciar um jejum de opiniões próprias e alheias e resolvi só relembrar que a maior história de todas os tempos está em pleno curso, e que daqui até Domingo, mais uma vez, testemunharemos a morte e ressurreição de Deus Encarnado e que está no meio de nós pelos séculos dos séculos.

(Quem sabe os pobres venezuelanos não tenham a sua própria Páscoa por estes dias vindouros?!)

Diário do Cárcere - Presídio Covid-19 - 02


08.04.2020 - Estava refletindo como o Doriana deve se inspirar em Judas, pois além de trair sua fase bolsodoria ainda teve coragem de afirmar que é dele o mérito de defender a utilização da cloroquina, por outro lado observo que o Pilatos Mandettus continua lavando suas mãos e desafiou os médicos a respeitar o juramento de Hipócrates, sem lhes autorizar expressamente por meio do "sagrado" protocolo oficial do MS, por fim nosso Presidente Messias tem suportado sua Paixão pessoal sob traições e apupos dos poderes deste mundo que tanto lhe odeiam, e assim vamos participando da Páscoa na qual estamos sendo libertados do mal provocado pelo Dragão, por meio de uma medicina descoberta pelos jesuítas.

terça-feira, 7 de abril de 2020

Diário do Cárcere - Presídio Covid-19 - 01

06/04/2020 - O Brasil continua com os trabalhadores presos, perdendo seu meio de sustento, são perseguidos pela policia e discriminados socialmente. 

Enquanto isso os presidiários da pior espécie vão sendo soltos, porque vidas de meliante importam.

07/04/2020 - Enquanto aguardo o ditador local regulamentar minha saidinha da Semana Santa, reflito sobre a bioética envolvida entre liberar emergencialmente tratamento com cloroquina, cuja posologia é conhecida já por 70 anos.

Cogito se tenho que confiar no método científico, e se devo me oferecer como possível consumidor de placebo, para testes cegos com grupo de controle, para obtenção de carimbos e permissões burocráticas para salvar vidas.


domingo, 29 de março de 2020

UMA REFLEXÃO SOBRE NOSSO ATUAL "ESTADO DE SÍTIO"

A imagem pode conter: uma ou mais pessoas, fogo, noite e atividades ao ar livre

O fechamento de fronteiras internacionais e divisas locais estaduais e municipais, a suspensão do direito individual de direito de ir e vir, base para a livre iniciativa, o trabalho e a liberdade, são medidas inerentes ao "estado de sítio", e este é um recurso típico de tempos em que uma nação enfrenta a guerra total, que determina a mobilização de todos os recursos e vontades para sua salvação.

Ao longo da Idade Média foi construído o governo centralizado no rei, que teria o encargo de promover a defesa territorial contra agressões externas, e, em troca, a sociedade representada nos grandes senhores feudais e nas cidades comerciais forneceriam os recursos necessários para o financiamento do empreendimento guerreiro, esta é a origem dos "tributos" e da ideia de mobilização nacional com fundamento em uma lei marcial (estado de sítio).

Entre os séculos XV e XVII as grandes guerras europeias mobilizaram povos e nações, uma era de guerras religiosas de mobilização total, que dividiram famílias e resultaram em milhões de mortos e numa devastação inédita até então, principalmente em seu auge durante a guerra dos trinta anos, a primeira fase de guerra ideológica no Ocidente, que desenhou o mapa da Europa Moderna e estabeleceu definitivamente os limites dos principais Estados nacionais europeus.

Entre meados do século XVII e até quase ao final do século XVIII as lutas internacionais tornaram-se questões ditadas por interesses de expansão colonial ou de sucessão dinástica, um período de estabilidade sócio-econômica que favoreceu o crescimento de uma classe média e permitiu o desenvolvimento de uma sociedade letrada, que se julgava portadora da luz da razão.

Os cafés de Paris, na fase anterior à explosão revolucionária iniciada em 1789, serviam de plataforma de disseminação de novidades e boatos, de sonhos quiméricos e articulações políticas, a imprensa surge como agente politico por meio de panfletos e jornais, sendo Voltaire o símbolo maior de uma nova era em que celebridades da mídia seriam formadores de opinião para o bem, e, principalmente, para o mal.

Os franceses, na tentativa malsucedida de copiar a revolução americana, criaram dois conceitos fundamentais e relacionados para a modernidade:

- Estado totalitário, que se fundamenta na política do terror e do genocídio legalizados, em nome da democracia revolucionária;

- Guerra total, com o consequente alistamento obrigatório e mobilização de toda produção nacional para o esforço de guerra;

Ao longo dos séculos XIX e XX as ferramentas inerentes à burocracia totalitária e à guerra total andaram de mãos dadas para estabelecer rotineiramente a lei marcial aos povos e nações, seja por parte dos governos agressivos quando por parte dos povos agredidos, lembre-se que mesmo nos EUA houve permissão para um terceiro mandado de Franklin D. Roosevelt durante Segunda Guerra Mundial.

Ao longo dos últimos séculos sempre foi pressuposta uma ameaça real e mortal para ativar a máquina da guerra total, e da política totalitária que a acompanha com aplicação da lei marcial, que submete os cidadãos à disciplina draconiana.

A tecnologia de comunicação migrou do suporte impresso em celulose (jornais e revistas) para uma nuvem eletromagnética de dados áudio-visuais.

Agora não mais se faz necessário que haja ameaças reais, bastam ameaças virtuais para ativar a lei marcial (estado de sítio).

O governo não mais precisa ativar a burocracia para impor o terror de forma oficial, bastam as técnicas de manipulação psicológica, como no caso em que se utiliza a técnica do argumento de autoridade (OMS, ciência, especialistas, estatísticas), por meio do bombardeio midiático, para instilar o medo e o pânico na população.

Hoje assistimos autoridades constitucionalmente incompetentes decretarem a "lei marcial" contra o inimigo invisível.

O cidadão está com suas garantias fundamentais suspensas, por imposição de simples decretos, e cada ato deste é um ato de secessão política contra a unidade federal brasileira.

A nova ideologia totalitária agora tem base médico-socialista, esquece-se que o médico cuida de um paciente de cada vez, não da sociedade como um todo, o médico depende de insumos para trabalhar, a sociedade improdutiva só proverá escassez e morte.

Quem imaginaria que o novo Estado Igreja, um conceito de Gramsci para retratar o partido comunista em sua supremacia hegemônica, seria a Organização Mundial da Saúde - OMS, sob cujos decretos até mesmo a Igreja se submeteria?!

Estamos na quaresma e o mundo entrou no deserto da guerra total contra o medo da morte de uma gripe, que nos conduz para as variadas mortes causadas pela desnutrição e pela depressão.

A dor é uma excelente mestra, se até mesmo Deus encarnado padeceu sua Paixão, é muito adequado do ponto de vista simbólico que a humanidade assista agora aos inumeráveis Pilatos a lavarem suas mãos, e decretarem a morte de infinitos cordeiros em nome de uma salvação neste mundo.

O Brasil e o mundo experimentam todos os efeitos da guerra total, todos estamos submetidos à lei marcial, o crime é o fundamento de todas estas medidas absurdas, o acerto de contas virá em seu devido tempo.

domingo, 22 de março de 2020

SOBRE A EPIDEMIA DE MEDO

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Penteu sendo dilacerado por Agave e Ino, vaso ático.

Nossa condição humana nos conduz a procurar racionalizar todos os fatos que nos afetam, mesmo que não tenhamos conhecimento de causa ou avaliado as consequências.

Esse processo de racionalização acaba por justificar o injustificável e sacralizar o que não deve ser considerado sagrado.

É o que assistimos neste exato momento em que o pânico renasce como religião, a religião do deus Pan que sacraliza o medo e contagia a multidão com o temor histérico da morte que causa o massacre de vítimas inocentes.

O atual emissário do deus do pânico é invisível, e deverá ser prevenido pela instituição do mistério do álcool gel e do papel higiênico que devem ser lançados antes e depois de qualquer contato humano, direto ou indireto, pois toda e qualquer pessoa é uma possível portadora da morte.

O medo da morte é contagioso!

O medo é mimetizado ao infinito, a multidão clama por milagres, e muitos governantes ungem-se como salvadores por meio do exercício do poder sem medida e sem cálculo, a razão de Estado foca-se em realizar sacrifícios rituais com fechamento de estradas, com quarentena indiscriminada, com o sacrifício dos fundamentos econômicos que possibilitam a sobrevivência da própria multidão, uma hecatombe suprema para aplacar o deus do pânico.

O medo da morte e o ato de lavar as mãos diante do furor da multidão é um ato cênico encenado desde Pilatos.

A razão é como a economia no sentido de ser uma pobre ferramenta sujeita aos humores dos tempos, a qualquer tempestade perde o sentido, torna-se uma nau levada pelos ventos e pelas ondas, tudo ficando sob o encargo de seu capitão, cuja força de liderança e sabedoria decisória evitará o naufrágio para que haja bom retorno ao porto.

Em suma, o caos atual é o pânico diante do medo da morte, o elemento natural é um vírus, mas a imunodeficiência espiritual está na perda da coragem perante o desafio de colocar a própria vida em risco, devemos evitar que a covardia seja a medida da racionalização das ações, sim devemos ser prudentes e preservar vidas humanas, mas devemos sobreviver por meio da luta e não da fuga, ainda há trabalho a fazer, ainda há necessidade de coragem para desafiar a morte.

sexta-feira, 29 de novembro de 2019

O STF está promovendo a reeleição do Presidente Jair Messias Bolsonaro.

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Jair Messias Bolsonaro é o político mais sortudo que já surgiu na História do Brasil, pois possui a mais poderosa Agência de Propaganda da atualidade, o nome dessa agência é STF.

Vamos juntar os elementos da equação política que conduziu para tal conclusão:

1. Bolsonaro foi eleito com a pauta da segurança pública e o combate à corrupção.

2. Assistimos uma verdadeira singularidade na política nacional, uma vez que temos um governo que cumpre suas promessas e uma oposição que se empenha em desfazer tais ações.

3. A grande mídia e a velha política nacionais permanecem adotando os mesmos mecanismos utilizados no período eleitoral, ou seja, continuam insistindo nas velhas técnicas de assassinato de reputações e conchavos que eram eficazes antes do advento das mídias sociais, tecnologia atualmente ineficaz uma vez que já não existe mais o monopólio da informação.

4. Por outro lado, Bolsonaro tem gerado uma verdadeira reação alérgica nos agentes encastelados nos poderes constituídos, ao ponto de provocar urticária como essa vergonhosa e oportunista movimentação do STF para derrubar a jurisprudência estabelecida sobre a prisão após condenação em segunda instância.

5. O brasileiro não-comunista não é burro, antes poderia ser alguém sem acesso à informação, e, por isso passível de ser iludido pela extrema imprensa, todavia , os tempos mudaram e cada um de nós tornou-se um órgão da mídia, logo, a capacidade de julgamento do Povo subiu de nível e lhe possibilitou julgar a realidade dos fatos pelo simples acesso aos dados brutos, p.ex. , as sessões do STF é do Congresso estão disponíveis e a capacidade de opinar sobre os poderes foi democratizada ao extremo.

6. Neste sentido, quando estamos assistindo a judicialização do escândalo na forma de uma revisão da prisão em segunda instância, na qual está mais do que evidenciado uma rebelião das elites, uma elite que não admite o Império da lei sob o princípio da igualdade entre todos os cidadãos, e, que descaradamente vem exigindo um tratamento privilegiado como se fosse uma nova "nobreza republicana", e o STF surge como novo Poder Constituinte da hierarquização da sociedade entre Patrícios e Plebeus, neste momento surge a mais poderosa máquina de propaganda em favor de Bolsonaro.

7. O escândalo promovido pelo STF é a mais poderosa peça de propaganda da reeleição do Presidente Messias, veremos o grau de ousadia do estamento burocrático que não consegue compreender o fundamento da revolução brasileira: a revolta do homem comum contra a corrupção moral que destrói tudo que é bom, belo e verdadeiro.

Werner Nabiça Coêlho - 17/10/2019

sábado, 13 de abril de 2019

O SÍMBOLO DA DOR E OUTRAS DORES

SOBRE O SÍMBOLO DA DOR



A Paixão de Cristo é manifestação sagrada da dor que ensina o Caminho da salvação, pois a dor é um dos signos, no caso um signo carnal, do sacrifício necessário para conferir-se sentido à vida, pode-se classificar o fenômeno da dor como o mais primitivo símbolo mito-poético, pois sentir, perceber e conhecer a dor é um dos meios mais eficazes de estabelecer comunicação com a realidade objetiva em seu aspecto pré-verbal, a dor é um símbolo que o espírito utiliza para o aprendizado constante dos limites e possibilidades da vida. (02.03.2019)

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A ELEIÇÃO É DEMOCRÁTICA, O GOVERNO É O EXERCÍCIO DA AUTORIDADE



Politica é nome que designa as relações sociais que resultam no exercício do Poder, e este é essencialmente o ato de comandar pessoas, conforme o ensino de Olavo de Carvalho.

A palavra democracia serve para descrever um método de obtenção de Poder, cuja ferramenta é a adoção de processos eleitorais periódicos para a seleção do Titular do Poder.

Todavia , realizada a escolha o Poder passa a ser exercido com Autoridade, essa conversa de democracia como forma de governar é uma utilização retórica e inadequada da terminologia, o que há é a permanente concorrência de diversos Poderes imbuídos de Autoridade na miríade de relações de Poder.

A Presidência da República é uma Autoridade em paralelo às demais (Legislativo, Judiciário, Mídia, Igreja, etc.).

Ocorre que no Brasil a Autoridade da Presidência implica em avassalador poder econômico patrimonialista que sustenta a maioria dos demais Poderes. (16.03.2019)

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JORNALISMO E DISSOCIAÇÃO COGNITIVA



O noticiário é uma arma de amolecimento da capacidade de percepção do público passivo, aquele que somente absorve informações sem perceber a coerência interna dos dados divulgados.

A atual "crise" relativa à reforma da previdência é um exemplo muito bom, vejamos os dados divulgados:

a) há um consenso disseminado de que a reforma da previdência é essencial e necessária;

b) há a necessidade de uma nova política que não promova a corrupção. logo é consensual que tem que acabar o toma lá dá cá;

c) ao mesmo tempo cria-se um imbróglio na qual é sustentado um discurso de necessidade de articulação política, que deixa subentendido uma idéia cifrada de que há necessidade de toma lá dá cá, ou seja, um novo mensalão está sendo sugerido nas entrelinhas;

d) mesmo sendo evidente que os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário são autônomos e independentes apresenta-se uma tese de que a Presidência teria o comando do processo legislativo;

e) num passe de mágica constrói-se um novo consenso na qual a reforma da previdência está sendo prejudicada porque Jair Bolsonaro não está realizando o toma lá dá cá com o Poder Legislativo;

f) o jogo retórico torna o argumento forte em fraco, e o fraco em forte, aquilo que era um consenso (reforma da previdência e fim das negociatas políticas) passa a ser combatido no sentido em que a reforma vira um tema de negociação política com base na corrupção;

Conclusão: os mesmos que afirmam que a campanha eleitoral já acabou são os mesmos que estão em plena campanha contra o resultado eleitoral, numa defesa da continuidade da velha metodologia de negociatas.

Dissonância cognitiva é exatamente este choque de discursos contraditórios sem a devida declaração de que tais posições são termos lógicos ocupantes de pólos opostos em torno da discussão da reforma da previdência, que ora é um consenso e depois não é mais um consenso, que ora é necessário lutar contra a corrupção e no momento seguinte é afirmado que há necessidade da "negociação". (24.03.2019)

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DISTINGUINDO-SE DESEJO DE VONTADE



O desejo é algo imanente ao corpo e à mente, tanto pode ser um desejo relacionado com necessidades reais, como a alimentação, como pode ser um impulso que orienta à cobiça, ao ódio ou qualquer interesse que motive uma necessidade de apropriação material, ou metafísica.

Enquanto o desejo é como que uma reação a um determinado estímulo, a vontade manifesta-se como um ato de escolha entre diversas opções de conduta, pois posso ter o desejo de matar um desafeto, mas minha vontade se autodetermina com base em valores e em avaliações sobre as consequências de meus atos, logo manifestar a vontade é uma ato da liberdade de decidir, é, assim, possível não dar vazão a determinados desejos em vista de um bem maior.

Neste sentido é que temos a autonomia da vontade, que determinará a conveniência de um desejo, pois este é cego, enquanto aquele tem acesso ao nosso órgão racional e consegue ver com as luzes da alma.

Pensemos assim: o desejo cego conduz ao pecado, enquanto que é a vontade livre e determinada que conduz à santidade. (26.03.2019)

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O PRINCÍPIO DE TODAS AS CIÊNCIAS



Acho que em termos de descrição principiológica aplicável em alguma pesquisa, o ideal seria bater logo o martelo e afirmar a presença de Deus, como fonte e princípio de toda a causalidade, para depois explicar que o termo "ser", que tem valor meramente didático para especificação de princípios lógicos originados na causa primeira, do motor imóvel, do princípio do tudo que existe. (28.12.2018)

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A REALIDADE PRÁTICA SEMPRE TEM PRECEDÊNCIA



O estudo de temas morais, éticos e jurídicos trata-se de um processo experimental, basta relembrarmos daquela constatação "cartesiana" de todo o estudante que percebe que a teoria é uma coisa e a prática é outra, em verdade vos digo que a porra da realidade prática sempre tem precedência, ela é a régua com a qual medimos o sucesso ou o fracasso da subsunção entre a hipótese escrita e a realidade vivida. (28.12.2018)

domingo, 4 de novembro de 2018

APOLOGIA A JAIR MESSIAS BOLSONARO


A anti-fragilidade de Bolsonaro


"A pessoa que nunca foge à responsabilidade, que sabe que não pode fugir à responsabilidade, adquire o direito de dar ordens."
Eugen Rosenstock-Huessy



Este ano de 2018 foi um choque de realidade, uma realidade na qual a velha classe política descobriu-se vítima da desilusão mais cruel, aquela de se julgar vencedora e descobrir-se uma derrotada, pois julgava-se imbatível em termos de poder midiático e financeiro.

O velho sistema reinante não contava com a consciência do povo comum despertando e elegendo um candidato com uma plataforma de senso comum, cujo tempero foi a confiança na promessa de fazer o possível, e a segurança conferida pela defesa da verdade.

O que habilita alguém a dar ordens? 

O que significa ser responsável?

Jair Messias Bolsonaro conquistou o poder de comandar ao demonstrar seu apego ao dever de se responsabilizar por suas ordens, uma consequência do conhecimento da verdade inerente à realidade, tanto quem ordena quanto quem obedece exercem atos de coragem moral, perante a adversidade e a natureza trágica da vida, cuja efemeridade nos é hipotecada ao nascermos.

O que é poder político? 

Qual o poder da cultura?

Qual o poder da educação formal?

Vos digo que estes poderes são incompletos, pois não podem substituir com eficácia o poder da voz maternal ou paternal (1), cujo acolhimento gera educação e a saúde mental (2), necessárias para o futuro exercício dos demais poderes inerentes ao ser humano.

A capacidade de exercer o poder de dar ordens, com a mesma qualidade amorosa familiar, quando emerge na política, na cultura e na instrução, é capaz de alterar o jogo social, pois possuir o atributo de restaurar a moral social quando a sociedade, e sua política, tornaram-se viciosas e odientas, eis uma virtude que é dominada com maestria pelo Jair, a virtude de demonstrar em atos e palavras seu amor à Nação e à Pátria, que em última instância somos nós os brasileiros, o Povo.

Um homem cuja única arma é a palavra, em que cada sílaba se pronuncia para fora como projeção de sua verdade interior, que estabelece uma rede de novas conexões, que são retransmitidas sem perda de energia vital, cada palavra uma ordem, que se lança para o espaço e cujo efeito é mover o ouvinte à ação, formando uma só vontade, pois há responsabilidade mútua derivada da compreensão em comum de que se faz necessário atingir um objetivo superior aos interesses mesquinhos que ainda vigoram em nossa sociedade.

Jair venceu ao adotar o realismo da linguagem (3), um homem cujo cotidiano até à pouco tempo estava na obscuridade do baixo clero da vida comum, e, que durante a eleição de 2018, simbolizou o sofrimento pessoal de alguém que se entregou pelo amor à Pátria.

Estamos em luta pela preservação da lei, aquela lei que conecta os tempos entre a vida e a morte (4), a lei que preserva os negócios sociais inerente à vida, à liberdade e à propriedade por meio do código civil, e os defende contra os abusos por meio do código penal.

Propriedade e segurança, vida e morte, lei e ordem, escolhemos a voz calma da prudência contra a histeria impotente do sentimentalismo, cada voto em Jair foi um voto pela conservação das coisas boas da vida, foi uma eleição da liberdade contra a tirania do socialismo do pensamento, que almeja dominar a política nacional a tantas décadas.

Jair Messias Bolsonaro é sobretudo um empírico, cujo foco está na realidade percebida pelos seus sentidos, ele acreditou nos próprios olhos e apostou que sua compreensão poderia ser compartilhada, mas além de um grande senso prático, nosso presidente é um gênio da retórica, criou slogans mil, fulminou reputações com uns bons palavrões ou safanões verbais, ironizou com fúria e graça, foi o mestre da "trivialidade" (5) da discussão política, aproximou-se da realidade primária da verdade, e, pelos frutos conhecereis a árvore...

Tal qual no gênesis, em que a palavra cria a realidade, nesta eleição presidencial de 2018, um candidato, por meio de sua palavra, canalizada por meio do éter e de fibras óticas, sustentado por mídias sociais operadas por pessoas comuns, cristalizou-se em símbolo (6), ao ponto de criar um mercado de moda, inspirar produção artístico-cultural-musical, Jair virou a metáfora de um Brasil que queremos, e assim nossa política rejuvenesceu, por meio de um capitão idoso acompanhado de idosos generais na reserva.

Um líder vence quando converte-se num símbolo, cada palavra sua evoca os demais significados presentes na cristalização de idéias  (7) que formam o símbolo, daí explica-se este caso de resistência, e de não-fragilidade, que se tornou possível, um símbolo é à prova de facas, e totalmente refratário às mentiras, um símbolo não precisa de financiamento nem de propaganda, pois a palavra nesta caso é alada e grávida de significados, um símbolo é um objeto de compreensão subjetiva por parte do ouvinte, quem quer que seja, aonde quer que esteja, com a capacidade e gerar múltiplos significados com o atributo da veracidade.

A palavra, isolada de qualquer contexto, transita na armadilha lógica de Parmênides (8), isto é, a palavra está entre o ser e o nada, a única solução é preencher a invocação de palavras com a evocação da história de vida de cada pessoa, nação e civilização, ou seja, determinar a quais símbolos o texto, falado ou escrito, remete.

Já que de tudo devemos provar um pouco, e guardar o que for bom, o caminho adotado por Bolsonaro foi prezar a clareza e desprezar a aparência, a fala de nosso agora presidente foi preenchida da força de sua personalidade, com todos seus erros e acertos, com toda sua história de vida, e sua capacidade de evoluir no sentido do aperfeiçoamento pessoal.

Uma das consequências mais importantes na ascensão de Jair está na progressiva restauração da saúde na relação falante e ouvinte (9), pois com todos seus erros e acertos, seu discurso restaurou a essência da palavra responsabilidade (10), pois responsável é aquele que responde por aquilo que fala e cumpre a promessa que empenha, a linguagem tem, assim, restaurada a sua verdadeira força, que é retratar a realidade e ser capaz de mover a ação humana por meio da palavra.

O quê cativou a maioria dos brasileiros? 


O Jair dirigiu-se pessoalmente ao Povo, utilizando-se deste vocativo em sua essência, na qual depositou sua total confiança por todo o processo eleitoral (11), com isso iniciou o processo de cura, pois a palavra verdadeira expurga a mentira falaciosa, uma vez que se cria a condição básica para a checagem dos fatos, situação que se consolidou com a criação das redes sociais, a loucura e a histeria populares, típicas de períodos eleitorais, foram afastadas pela compreensão, e, esta educação possibilita a higidez necessária para o fortalecimento da saúde do Povo, uma povo que acredita em seus próprios olhos e ouvidos.

Jair Messias Bolsonaro em sua fala, ao longo dos anos, transpirou a qualidade "gramatical" (12) inerente àquela exclusividade de quem tem a qualidade de dar ordens, pois suas palavras foram uma confissão de fidelidade que foi acolhida pelos ouvintes, e, então, a palavra fez-se ação, afinal, quem precisa de dinheiro, se possui o amor da massa do povo?!

O que distingue a fala de Jair, da retórica vazia dos demais políticos brasileiros, é sua sinceridade de propósitos (13), cuja expressão verbal transmite a ideia de que somos únicos, este é um fundamento mito-poético que se lança nas profundezas de nosso "irracional" emocional.

Utilizo a expressão "irracional" em relação à inteligência emocional no sentido em que julgo tal inteligência "racional" do ponto de vista do atributo da intuição, no sentido do intuicionismo radical de Olavo de Carvalho, uma apreensão imediata dos dados da realidade por meio dos sentidos e do intelecto, que é passível de descrição parcial por meio de palavras, mas cuja impressão mental permanece, mesmo que não seja verbalizável.

Ora, a gramática por ele utilizada não foi a mais culta, nem formal, segundo as regras da velha política, o cognominado Mito utilizou-se da "gramática" (no sentido em que este termo latino tem o mesmo significado em sua origem grega: lógica) da linguagem viva do cotidiano, que aceitou todas as suas ambiguidades, sem negar a verdade de erros ou exageros passados, e seu discurso foi exercido confiando que o cidadão seria capaz de distinguir a verdade da mentira.

O novo presidente do Brasil, além de trazer o nome próprio "Messias", efetivamente assumiu uma missão restaurativa da psicologia nacional brasileira, seu nome e sua pessoa tornaram-se mitológicos, no sentido em que a linguagem poética e imaginativa foi penetrada de significados sem fim, todos convergentes no sentido de criação de um depósito da fé comum do povo, com foco em vislumbrar um futuro na qual o bem comum retornará como parâmetro de governo.

Como se diz no bom e velho jargão militar, daqueles profissionais que colocam sua vida no limite entre a vida e a morte, na linha de tiro do inimigo, "missão dada é missão cumprida", esta é a natureza profunda a liderança, a capacidade de abandonar-se e sacrificar-se em razão do próximo (11), para fora e para cima de si mesmo.


Nossa educação política prospera em paralelo com o restabelecimento da saúde mental do Povo (2), uma vez que a linguagem saudável, que descreve a realidade e direciona a ação, renasce a cada dia, cada vez mais, e, assim, a mentira tem sido expurgada, tal como o pus que vaza de uma infecção em processo de cura.


Por que devemos levantar as armas contra as teorias de gênero? 

Qual a importância da instituição da família?

O que é mais importante para uma sociedade?

O futuro é representado nas crianças, e só será garantido pela preservação da maternidade e paternidade genuínas e seu espírito de exclusividade (1) (não entro na discussão se a família tradicional é a única válida, uma vez que a realidade já demonstra haver uma grande variabilidade de abordagens), o fator principal é que a autoridade dos pais (2) (não importa se a família configura-se em XX + XY, XX + XX, XY + XY, XX, XY) seja considerada a genuína autoridade, que funda as demais ordens sociais, e, em caso de abusos, como sempre, temos a polícia a justiça.

O Brasil ao longo das eleições de 2018, portanto, iniciou exitoso processo terapêutico, o vocativo "Povo" (9) foi elevado à sua verdadeira relevância em nossa democracia popular, pois elegemos um candidato que falou para o Povo, pelo Povo e com o Povo.

NOTAS:

(1) Quem quer que tenha tal espírito de exclusividade para com outro ser humano tem uma qualidade, uma qualidade "gramatical" que ninguém mais tem e que indispensável - a qualidade de dar ordens, de dizer: escuta, vem, come, ama-me, vai dormir. (p. 233) [...] É derivado da maternidade ou da paternidade genuínas. O direito de dar ordens depende da qualidade de pôr aqueles a quem se dirigem essas ordens acima de tudo o mais. (p. 234)

(2)  Necessitamos que alguém nos dirija a palavra, senão enlouquecemos ou adoecemos. (p. 231) [...] As mães não se tornam conscientes da maternidade senão na experiência de dar ordens, cantar canções e contar histórias aos filhos. E as crianças tornam-se filhos e filhas graças à voz da mãe. (p. 234) [...] Há um termo algo batido para designar essa forma da saúde do falante; chamamo-la "responsabilidade". Mas o termo perdeu sua pujança por ter sido usado de maneira demasiado ativa. (p. 238)

(3) O realismo da linguagem consiste em que ela vem após as obscuridades da vida comum e do sofrimento pessoal. (p. 184)

(4) A história de todas as leis faz-nos parecer correta a nossa interpretação do intervalo entre a morte e o nascimento. [...] A primeira e, originalmente, única lei é a lei da sucessão. [...] A distinção entre o código penal e o civil funda-se na diferença entre a morte violenta e a morte natural. (p. 184)

(5) A ciência é uma aproximação secundária e abstrata à realidade. [...] Devemos estar imersos e enraizados num universo nomeado, para depois dele nos podermos emancipar pela ciência. (p. 218) [...] Esta breve investigação das novas vias mostra que, dentre as sete artes liberais, o chamado trivium - gramática, retórica e lógica - é o que mais se beneficia de nossos estudos. [...] Nossa abordagem eleva as "trivialidades" desses três campos introdutórios do saber à estatura de ciências plenamente desenvolvidas. [...] Elas tornar-se-ão as grandes ciências do futuro. (p. 219)

(6) A consciência não funciona senão quando a mente responde a imperativos e utiliza metáforas e símbolos. [...] Até os cientistas devem falar com confiança e segurança antes de poder pensar analiticamente. (p. 219)

(7) Que é um símbolo? Que é uma metáfora? Constituem o pão nosso de cada dia? Símbolos são fala cristalizada. E a fala cristaliza-se em símbolos porque, em seu estado criativo, é metafórica. Símbolos e metáforas relacionam-se como a juventude e a velhice da linguagem. (p. 219-20) [...] Até os símbolos dos lógicos a provam... são fala cristalizada. [...] A fala deve levar aos símbolos. Os símbolos resultam da fala. "Ouvimos" os símbolos como se fossem fala. "Olhamos" para a fala porque ela nos levará aos símbolos. (p. 220)

(8) A linguagem humana é metafórica por definição. Nada nela é o que é. Tudo significa algo que, em si mesmo, não é. (p. 222)

(9) A relação entre a saúde e o ato de falarem conosco com o poder de nosso "vocativo" único torna imperiosa a resistência a que a educação seja monopólio do Estado. (p. 231)

(10) E sabemos que a potência de qualquer imperativo depende de que o falante se lance para fora de si mesmo na ordem que dá, e de que o ouvinte seja lançado à ação. Ambos então se direcionam para fora, ou, como costumamos dizer, não são autocentrados. (p. 234)

(11) Quem está pronto para abandonar-se a si mesmo e depositar toda a sua fé no nome de outra pessoa é trazido para fora e para cima de si mesmo, e se torna depositário, líder e representante do nome invocado. (p. 237)

(12) A gramática moderna faz vista grossa ao fato de que qualquer vida é ambivalente, oscilante entre o ativo e o passivo. [...] Eles e ele são concomitantemente ativos e passivos. E essa é a norma humana. (p. 239)

(13) A primeira condição para a saúde é que alguém fale conosco com sinceridade de propósitos, como se fôssemos únicos. (p. 231)

REFERÊNCIA:

Eugen Rosenstock-Huessy (1888-1973) A origem da linguagem; edição e notas Olavo de Carvalho e Carlos Nougué: introdução, Harold M. Sathmer e Michael Gorman-Thelen: tradução Pedro Sette Câmara, Marcelo de Polli Bezerra, Márcia Xavier de Brito e Maria Inêz Panzoldo de Carvalho. - Rio de Janeiro: Record, 2002.

http://sensoincomum.org/2016/04/26/a-antifragilidade-de-bolsonaro/