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sexta-feira, 1 de maio de 2020

A SORTE ESTÁ LANÇADA!

Amanhã (02/05) Moro irá depor na PF de Curitiba, chega a ser simbólico a forma como ele retorna àquela vizinhança.

As redes sociais estão agitadas e alertando para um possível golpe do STF, pois bem, o tal golpe teria que ter a participação do PGR e do Vice Presidente.

O depoimento do ex-ministro por si só será somente um meio de coleta de prova, ainda teria que ser formulada uma eventual denúncia pelo MPF, para posterior encaminhamento e votação no plenário da Câmara dos Deputados.

Muitos passos processuais, mas, também, há o alerta de que no  Fantástico deste domingo (03/05) haverá uma ataque midiático contra Jair Bolsonaro, com base em provas forjadas para tentar responsabilizá-lo pela morte daquela deputada psolista, conforme tem sido noticiado pelo deputado carioca Otoni de Paula.

Por outro lado, nem consigo antecipar o que poderá vir ainda, uma vez que alguns outros movimentos já estão em andamento, tal como a denúncia-crime de corrupção contra o mineiro cheirador por propina de 65 milhões de reais, e os vazamentos e contra-vazamentos de áudios paulistas suínos psdbistas.


Amanhã será mais um dia interessante, principalmente, em Curitiba.


Claro! Caso haja uma eventual e incrível ocorrência de destituição  presidencial, por medida liminar expedida pelo STF, aí sim teremos um golpe, mas, isso, parece-me boato de quem não conhece processo... 

Todavia, se o STF ignora a constituição, o que direi de um mero código de processo civil ou criminal?!


O Presidente Bolsonaro, ao enfrentar o sistema representado pelo Moro de triste biografia, provocou a reação do sistema que resolveu atravessar o Rio Rubicão.

"Alea jacta est".

segunda-feira, 27 de abril de 2020

O QUE É UM HERÓI?





O trauma e a decepção são etapas no caminho da maturidade, pois nos habitua com nossa condição humana, humilde e nua diante dos desafios horríveis ou sagrados do dia-a-dia.


O trauma atual da nacionalidade é relacionado à constante queda de heróis ministeriais de um governo cujo cabeça é apelidado de Mito.

Quanto aos heróis tenho uma visão antropológica diversa da corrente, uma visão mimética e girardiana.

Herói é um conceito criado na literatura grega, o herói é trágico, é um personagem punido por suas culpas por atos imperdoáveis, pois seu destino cruel foi decidido pelos deuses, ele deverá ser sacrificado para salvar a Cidade.

Com Cristo revela-se que o herói é uma vítima inocente, que poderá ser perdoada e renascer liberta do destino da morte sem sentido, há uma promessa sagrada, provada pela Paixão e Ressurreição, que o liberta e torna-o, não mais um herói, mas, um mártir, em defesa da santidade.

Então, o que se deve mirar não é a condição humana e trágica, inerente ao mundo, mas a santidade que nos remunera com a vida eterna e bem aventurada.

domingo, 5 de fevereiro de 2017

O ANACRONISMO ESSENCIAL DA HISTÓRIA PRESENTE DO BRASIL

Gerontocracia brasileira.
 
O anacronismo essencial da história está na permanente diferença de vitalidade, interesses e anseios, que condicionam o convívio entre os jovens, os adultos e os idosos, em outras palavras, a história, entre outros fatores, é movida pelo conflito de gerações no âmbito de um povo.

O Brasil, neste exato momento, vive intesamente esta experiência histórica!

José Ortega y Gasset (1) descreve o dinamismo do acontecer temporal, com base na percepção de que um povo existe em três tempos, presentes e simultâneos, representados por três gerações, que são cronologicamente contemporâneas, mas não são coetâneas, isto é, são compostas por pessoas de gerações diferentes, portadores de energias vitais distintas.

Um povo, segundo esta ótica filosófica, é movido, desde dentro, em sua história, pela diferença de coetaneidade entre gerações, são contemporâneas somente no tempo, mas no modo de viver há três presentes distintos em luta, um cheio de promessas futuras, outro vivendo um presente, que se manifesta na forma de futuro que emerge com urgência, e, por fim, um presente próximo a um futuro que se finda, e, que se aproxima cada vez mais de se tornar um passado consolidado, dada a aproximação da eternidade.

Quem hoje tem entre 35 e 45 anos de idade presenciou, por meio da cobertura da imprensa, desde o início dos anos 1990, uma sucessão contínua de escândalos e desastres políticos e sociais.

Confesso que, com base nesta experiência histórica, desenvolvi por volta dos anos 2010-2013, uma vaga impressão de que a história do Brasil havia estacionado,  estagnado, tornado-se estática, com base num aparente triunfo petista sobre todas as instituições pátrias (até os programas humorísticos, e a sátira política haviam perdido a graça, o senso de humor estava anestesiado), e o vocabulário jornalístico já reportava termos políticos perigosos que começavam a entrar no vocabulário corrente por volta de 2013/2014, tais como "Governo Central" e "Constituinte Exclusiva para Reforma Política".

Há um velho recurso da narrativa histórica, na qual grandes mudanças são precedidas de desastres naturais, e, neste caso, tivemos um período atípico de seca, e a consequente crise hídrica (2), que, em grande parte, foi fruto da imprevidência e corrupção estatal brasileira.

Vieram os protestos de Junho de 2013, e, além dos eventos aleatórios de ordem social e climática, houve, finalmente, a emergência de nosso anacronismo histórico essencial, por meio de uma evidente luta entre gerações, e, entre tantos exemplos de campos de batalhas, o mais destacado de todos foi a Operação Lava Jato.

Observe-se o exemplo do Juiz Sérgio Fernando Moro, cujo início de carreira judicante ocorreu em 1996 (3), quando ainda poderia ser classificado na geração dos jovens, e, hoje, já pode ser considerado um homem maduro, na faixa dos 40 anos de idade, e, tal como este magistrado, há uma geração de brasileiros, que ocupam postos e funções, públicas e privadas, que vivenciam um conflito de gerações com a gerontocracia, que se encontra encastelada no poder, afinal, é fácil perceber que, as figuras dominantes da política nacional, se encontram na faixa dos 60/70 anos de idade ou mais.


Gerontocracia cubana
A crise entre gerações é um dado presente, uma luta social entre velhos senhores decrépitos da política nacional de um lado, e, de outro, a geração que atingiu a maturidade necessária para assumir as rédeas do governo, da lei, dos negócios e da história brasileira.

A tensão da luta entre gerações permanecerá um importante fator da nossa história, uma vez que a expectativa de vida da elite anciã (e o Hospital Sírio-Libanês de São Paulo) a habilita a resistir, em seu anacronismo, por muito tempo ainda.


(1) ORTEGA Y GASSET, José. Que é filosofia? : obras inéditas . 1ed.. Rio de Janeiro: Ed. Livro Ibero-Americano Ltda, 1961, p. 27.

(2)http://www.migalhas.com.br/dePeso/16,MI216277,101048-A+crise+hidrica+brasileira+e+a+falta+de+planejamento

(3) Currículo Juiz Sergio Fernando Moro: http://lattes.cnpq.br/9501542333009468