sábado, 18 de agosto de 2018

UM RESUMO SOBRE NOSSA ATUAL SITUAÇÃO COLONIAL

Collor exibe foto de ex-presidentes juntos em avião



O PSDB, na condição de um governo Social-Democrata-Endividador preparou, durante a década de 1990, o terreno político-econômico para a posterior dominação petista, com políticas que ensejaram o aumento da dívida pública interna (Plano Real), com a intensificação da carga tributária para sustentar o serviço da dívida, bem como criou instrumentos legais que fomentaram a concentração e a cartelização do mercado nacional, por meio da ação das Agências Reguladoras e do CADE.

As instituições legais e administrativas criadas pelo PSDB sempre possuíram um forte potencial autoritário, estavam lá à disposição de quem fosse ousado para lançar os dados, e experimentar sua própria sorte.

Os fatores acima mencionados possibilitaram a ascensão ao poder do governo Comuno-Revolucionário-Saqueador sob a administração do Partido dos Trabalhadores (Internacionalistas) na década dos anos 2000, que a partir da década de 2010, com a eleição da "Presidenta" Dilma, de triste prosódia, cuja expressão oral mais parecia uma prosopopeia de um poste falante, almejaram iniciar a fase destrutiva do projeto de dominação, destruição que começou pela desorganização da economia capitalista brasileira, seja pelo processo de encarecimento das fontes energéticas por meio de políticas desastrosas de preços (gasolina e energia elétrica), seja pela destruição das economias domésticas de cada família, por meio do endividamento progressivo, entre outras políticas destrutivas, tal projeto que foi abortado às vésperas de se tornar irreversível quando o movimento popular sustentado em comunicações por meio de redes sociais desencadeou os maiores protestos da História Brasileira a partir das Jornadas de Junho de 2013.

Hoje vagamos por uma terra arrasada após 21 anos de governo da agremiação socialista PSDB/PT, margeados por 8 anos de governos do (P)MDB, cuja marca fundamental, neste último caso, foi a ascensão oportunista de vice-presidentes, conjugação esta que nos legou um resultado equivalente ao de uma nação destroçada pela guerra total, inclusive em número de mortos e feridos, dado que estamos em meio a uma guerra na qual o povo é massacrado pelos senhores do crime.

O professor de comunismo (1) Fernando Henrique Cardoso escreveu obras (2) sociológicas sobre o desenvolvimento econômico, na qual postula-se a teoria da dependência, em que uma nação é fornecedora de matérias primas, enquanto que a nação considerada central fornece bens com valor agregado.

O FHC da academia aplicou sua teoria em sua prática ao assumir a presidência, ou seja, agiu para que um novo colonialismo fosse instaurado, as privatizações e regulações promovidas nos anos 1990 adotaram este foco de nos tornar produtores de matéria primas e consumidores de importações de produtos manufaturados, o que vem provocando nossa atual desindustrialização ao longo das últimas décadas, ao ponto de hoje nossa pauta de exportações ser predominantemente de produtos primários, extrativistas e agrícolas.

Irônico pensar que desde o fim do Regime Militar, abandonamos o orgulho da autonomia, e nos transformamos numa nação que é séria candidata a virar colônia econômica da China, ou coisa pior.

Notas:

(1) O “Grupo do Capital” ou “Seminário Marx’, composto por professores e estudantes da USP no final dos anos 1950, inovou na leitura do consagrado livro “O Capital” do intelectual alemão Karl Marx. O grupo foi iniciado pelos então professores assistentes José Arthur Giannotti, da filosofia, Fernando Henrique Cardoso, das ciências sociais e Fernando Antonio Novais, da história. 

(2) A obra trata de forma muito clara e concisa a transição desse modelo nacional-populista, no caso brasileiro, para um modelo dependente-associado, marcando um esgotamento das políticas econômicas anteriores e uma necessidade de reformas estruturais que não mais poderiam ser levadas a cabo pelo modelo antigo. Nesse período surgiam teorias, por um lado, de cunho nacional-desenvolvimentista – que pregavam o desenvolvimento autônomo nacional – e por outro, de cunho socialista. FHC propunha uma solução alternativa. Em suas palavras:

as alternativas que se apresentariam, excluindo-se a abertura do mercado interno para fora, isto é, para os capitais estrangeiros, seriam todas inconsistentes, como o são na realidade, salvo se se admite a hipótese de uma mudança política radical para o socialismo (CARDOSO & FALETTO, 1977, p. 120).'" 

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