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sábado, 30 de novembro de 2019

O QUE É A REALIDADE?!

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Belém vista da Baia do Guajará


Alerto que não questiono por que a realidade existe, ou se há alguma finalidade na mesma.

A questão é se a realidade é o que testemunhamos com nossos sentidos, ou aquilo que idealizamos em nossa imaginação, e, mais profundamente ainda, qual a relação entre realidade e imaginação.

Pois bem, julgo que devemos ter fé na verdade percebida diante de nossos olhos, ouvidos, nariz, boca e mãos uma vez que não é a abstração da mente humana que nos fornece o pão que nos alimenta, ou nos atropela por uma pequena falta de atenção ao atravessarmos uma rua.

Atualmente vivenciamos uma disseminada incapacidade de ter senso comum, uma falta de compressão das proporções e das possibilidades de ação pessoal ou social, quando considerados os limites da ação humana.

Tal incapacidade de discernimento é algo que nosso sistema de ensino, tanto teórico quanto de formação profissionalizante, proporciona em todos os níveis, e, em especial no nível superior ao estabelecer currículos cheios de ideologia marxista, envenenam até à morte a inteligência da juventude, substituindo-se o amor pela sabedoria, no sentido de busca da verdade, por aquela insaciável vontade e desejo de impor opiniões mil vezes refutadas pela reiterada neurótica prática de repetir os mesmos erros ao longo da história.

A incapacidade de aprender com os erros próprios ou alheios, e de não conseguir perceber a experiência histórica registrada nos livros, é algo custosamente criado no Brasil, vide o orçamento destinado à educação.

Afinal o que é a realidade? Isso é muito simples de responder: respire, inspire, abra os olhos, alimente-se e observe ambos os lados da rua antes de atravessar... a realidade é, a coisa em si não é a realidade, somos carne, ossos e sangue criados com água, terra, ar e fogo, que por sua vez foram Criados pelo Sumo Bem, em suma, a realidade é sobretudo o que somos e testemunhamos tanto nesta vida quanto na eternidade. 

quinta-feira, 5 de abril de 2018

POR QUE A TEORIA DO DIREITO PARECE TÃO DIFERENTE DA PRÁTICA JURÍDICA?



Temos o empirismo clássico e o empirismo moderno, esse começa com Descartes, passa por Hume e Kant e, no mundo do pensamento jurídico, esse desenvolvimento se consolida em Kelsen que desenvolve um empirismo formalista, pois considera como dado empírico somente a lei estatal e com isso se ocupa exclusivamente em profundos estudos sobre a linguagem jurídica, que geram inúmeras teorizações hipotéticas que alimentam inúmeros anseios reformistas e programáticos.


Na prática cotidiana do direito, enquanto isso, o bom e velho empirismo clássico, que tem a premissa do caráter investigativo da realidade, atividade que funciona normalmente, apura-se fatos, coleta-se provas e realiza-se trabalho intelectual de avaliação de coerências e contradições, que podem ou não confirmar as hipóteses em conflito, cuja sentença possui caráter intuitivo oriundo da avaliação de dados concretos, uma atividade árdua na qual a eficácia da prática prevalece sobre os aspectos teóricos anteriormente presumidos.

É uma situação estranha! Como se a teoria jurídica houvesse se divorciado da técnica jurídica, mas ninguém se deu conta dessa situação porque a separação de corpos ocorreu com a manutenção do convívio conjugal dentro da cabeça do jurista, sendo que este desde os bancos escolares fica se lamentando porque percebe esse distanciamento entre teoria e prática.