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domingo, 24 de dezembro de 2023

SÓ SEI QUE O ANO VELHO, MESMO RUIM, AINDA É MELHOR QUE O ANO NOVO QUE VIRÁ!

Vivenciamos a primeira depressão econômica "do amor" no período 2015/2016, passamos pelo freio de arrumação realizado no governo tampão de Michel Temer, que entre outras coisas, promoveu a criação do antigo teto fiscal e da lei das estatais, por conta do então recente impacto dos escândalos de corrupção petistas.

Sobrevivemos economicamente à pandemia, pois, afinal, o presidente Bolsonaro é um especialista em sobrevivência, e, agora, estamos caminhando para a segunda depressão econômica "com muito mais amor", os limites de gastos públicos foram revogados e as estatais voltaram a ser uma presa da politicagem corrupta.

Sobre o presidente Bolsonaro tenho algumas reflexões oriundas de algumas opiniões que tenho ouvido aqui e ali, principalmente, de alguns intelectuais conservadores que afirmam que o mesmo foi um fracasso em termos de exercício de poder e um covarde por não ter conseguido mudar o Brasil.

O fato histórico, e diria, milagroso, que mudou nossos rumos históricos foi a tentativa de assassinato político que ocorreu em 06/09/2018, afinal um homem de 63 anos de idade ser esfaqueado em uma via pública lotada de gente, sofrer perfuração do intestino, sofrer perda massiva de sangue e sobreviver para prosseguir uma campanha política acirrada, e, ainda, seguir em combate por 4 anos de um governo que enfrentou a máquina de moer reputações tanto da imprensa, quanto da política, em meio a diversas calamidades universais e mesmo locais, vide a tragédia de Mariana, não é para qualquer um.

Imagino um homem que sofreu tal tipo de atentado, que além do caráter mortal, ainda lhe deixou durante quase 05 meses sofrendo todos os incomodos de uma bolsa de colostomia, além de diversas intervenções cirurgicas, e, cogito também sobre as sequelas psicológicas relacionadas aos traumas que eventualmente se instalaram na mente desse homem, que foi ferido durante uma batalha que deveria ser somente de palavras.

O período do governo Bolsonaro nos revelou alguns "milagres" inauditos até então, descobrimos que o serviço público federal quando bem gerido é um sistema de governança eficiente, percebemos que há dinheiro para fazer frente às despesas e investimentos públicos e que obras paradas por décadas poderiam ser concluídas, e bem construídas.

Vislumbramos que é possível um governo não se render à corrupção e que promova ações favoráveis ao Povo, tal como a redução de impostos e a responsabilidade fiscal, mas, sobretudo, um governo que presou pelas liberdades fundamentais.

Mas a máquina escrota do poder corrupto uniu forças, venceu a eleição, revogou todas as regras que haviam sido estabelecidas para frear o "toma lá dá cá", e vivenciamos uma invasão vertical dos bárbaros que vem desde o topo da pirâmide, na qual a classe endinheirada esquerdista/centrista lança suas garras sobre a poupança, a renda e o trabalho do Povo, restaurando-se uma velha tradição herdada das cortes de Lisboa de nos considerar como uma boa "vaca leiteira", tradição esta que fora suspensa por milagrosos 04 anos que cada vez mais deixarão saudades conforme o atual estado de coisas se deteriore.

Agora nosso dever é sobreviver à próxima depressão econômica amorosa que se avizinha, na qual uma reforma tributária causará a queda da arrecadação para níveis alarmantes, a atual gestão pública colapsará tudo, todos e "todes", e, particularmente, vou ficar achando que toda a desgraça que sobrevirá ainda será pouco, mas, o que dizer? Sobrevivamos, sobrevivamos!



domingo, 21 de junho de 2020

A TAXA SELIC E A VITÓRIA INCRUENTA DO PRESIDENTE JAIR BOLSONARO

O Brasil em 28/01/2020 contabilizava uma dívida pública no valor de 4,75 trilhões de reais, após o COVID-19(84) houve um incremento de pelo menos mais um trilhão. 


Nos últimos tempos o noticiário somente tem denunciado escândalos de corrupção estaduais e municipais, e temos assistido à pura e simples fabricação de "escândalos" por conta do simples exercício da liberdade de expressão, por parte dos apoiadores do governo federal. 


Uma realidade que foi completamente ignorada é a inédita libertação do Brasil da escravidão dos juros exorbitantes com base na variação da taxa SELIC, que já chegou a nos custar 45,67% ao ano nos tempos do FHC, e que ficou numa média histórica entre 26% e 11% durante os governos petistas, sendo que no momento que escrevo estas linhas a taxa SELIC está em 2,25% ao ano. 


Ora, o Brasil em pouco menos de 18 meses converteu-se no inferno dos rentistas, e, por tal razão, assistimos à fuga de dólares cuja aplicação se justificava por conta dos ganhos extraordinários que os altos juros garantiam, e, agora, o outro lado da moeda é que nossa dívida não rende juros de 10%, 20% ou incríveis 45% ao ano. 


Num ponto de vista econômico temos a tendência de crescimento no investimento produtivo, cuja lucratividade é superior às atuais taxas de juros, mas, o que julgo ainda mais importante, teremos um serviço da dívida por volta de 2% ao ano, justamente no momento em nosso endividamento beira os 6 trilhões de reais. 


É um tipo de vitória incruenta e pacífica que não encontra repercussão no noticiário, uma situação na qual as finanças públicas ganham um alívio fundamental em tempos de tempestade econômica nascente, por conta da criação de uma política econômica que visa o interesse nacional, graças ao governo de nosso Presidente.



terça-feira, 5 de maio de 2020

A ECONOMIA É UMA ECOLOGIA

Nenhuma descrição de foto disponível.

A economia é a versão humana de uma cadeia de interdependência entre as espécies numa estrutura ecológica, sendo que tudo dentro de tal cadeia é essencial!

Em breve assistiremos alguns colapsos parciais da cadeia de distribuição em que de tudo um pouco faltará.

Chegará ao ponto em que experimentaremos uma inexplicável contração econômica, em que a escassez será uma regra, e teremos filas homéricas e tickets comunistas, em razão da necessidade de racionar a distribuição dos produtos.

Lembro ainda quando lia na Gazeta Mercantil no início dos anos 1990 sobre as doçuras da reengenharia das cadeias de logística, na qual os estoques deixariam de existir em razão da eficiência das cadeias de distribuição só demandarem até 72h para o atendimento dos pedidos de insumos e suprimentos.

Pois bem, essa nossa cadeia ecológico-econômica já foi rompida!

Será possível remediar?

O que acontecerá?

Viveremos, alguns morrerão, enquanto o processo ocorrerá com todas suas dores, as dores de uma nova ordem mundial de distribuição de tristeza.

quarta-feira, 15 de abril de 2020

UMA HIPÓTESE DO PORQUÊ O OCIDENTE APLICOU O “LOCKDOWN”.

Lockdown: é necessário ter mais dados e menos opiniões - BLOG DO ...

Uma hipótese econômica para o “lockdown” (01) ter sido universalmente aplicado pode ter outras motivações além daquelas hipóteses relativas à proteção da saúde, ou mesmo uma conspiração para destruição econômica dos países afetados pela peste chinesa, não excluo tais motivações do reino das possibilidades, creio mesmo que há muita gente de boa e de má-fé agindo para executar o presente bloqueio total, mas, provavelmente, estejamos assistindo a execução de um projeto de demolição das cadeias globais de produção industrial centradas na China. 

Explico-me, as circunstâncias dos acontecimentos levam à crença de que todos os governos, de uma hora para outra, caíram numa armadilha de guerra biológica e econômica engendrada pela conspiração China/OMS(ONU), todavia, poderiam os governantes das grandes potências ser tão autenticamente tontos e ingênuos? 

Ou estariam aproveitando o ensejo para estabelecer novos parâmetros econômicos para a globalização com um enfoque regionalista (União Europeia) e nacionalista (EUA, Japão, Coréia. Quem sabe o Brasil também?!)? 

Enquanto medidas voltadas para a proteção da saúde pública são adotadas, simultaneamente, o noticiário começa a revelar inúmeras desonestidades e tramoias praticadas pelos chineses, que estão fornecendo produtos de baixa qualidade, ou notícias que dão conta que vários governos estão dispostos a financiar a retomada de produção industrial fora da China, e, do ponto de vista da vida cotidiana houve uma quebra no fluxo comercial, pelo simples fato de que o comércio foi parado, logo, não há necessidade de reposição de estoques, assim, a logística, atualmente, somente parece estar promovendo a distribuição de insumos médicos, matérias primas e alimentos.

Num certo sentido há um tremendo esforço global em esclarecer que a dependência da produção industrial chinesa é uma praga que deverá ser combatida, tanto quanto a peste epidemiológica, tudo levando-me a crer que o “lockdown” trata-se de contra-ataque inicial, que imediatamente demonstra que não precisamos consumir produtos chineses com tanta necessidade, pois não são essenciais, ao mesmo tempo em que um novo tipo de nacionalismo industrial vai sendo forjado, um desejo de autonomia produtiva e econômica.

Outro fator interessante nesse processo é que mesmo que as atividades estivessem normais nestes diversos países sujeitos ao bloqueio total de atividades, a normalidade de tais atividades talvez implicasse em grande demanda de produtos “made in China”, que por conta da existência de grandes estoques acumulados durante o “lockdown” chinês, teriam um impacto deletério em relação às respectivas indústrias nacionais, e deflacionário, nos mercados europeu e americano, o que reforçaria a posição econômica da China perante o Ocidente.

(01)Bloqueio total (lockdown) Esse é o nível mais alto de segurança e pode ser necessário em situação de grave ameaça ao Sistema de Saúde. Durante um bloqueio total, TODAS as entradas do perímetro são bloqueadas por profissionais de segurança e NINGUÉM tem permissão de entrar ou sair do perímetro isolado. (Bolem Epidemiológico Especial 7 – COE Coronavírus – 06 de abril de 2020, P. 7)

sábado, 2 de junho de 2018

ORIGEM GOVERNAMENTAL DA CRISE DO SETOR DE TRANSPORTES: BNDS e a crise no setor de transportes terrestres de carga


A greve dos caminhoneiros possui origens em uma profunda crise do setor, na qual a inflação de crédito promovida pelo BNDS provocou o excesso de oferta de caminhões no mercado que causou uma deflação no preço do frete.

Entre 2008 e 2015 o BNDS facilitou o crédito para aquisição de caminhões, fato que multiplicou a frota, como houve maior oferta de serviço o preço do frete sofreu deflação, ocorre que este fenômeno de rebaixamento de preços já não cobre o custo da produção do transporte, ou seja, o custo real deverá ser repassado, o velho dragão da inflação irá rugir em breve.

Cito uma esclarecedora passagem da Dissertação de Mestrado de Carlos Gonçalves sobre o tema:


"Como análise adicional, este estudo apresenta uma verificação da causalidade do crédito. O resultado contrasta com a expectativa, pois não foi constatada relação causal de crédito para vendas, como seria esperado, tendo em vista as políticas do BNDES que sabidamente utilizaram a expansão do crédito para sustentar a demanda no segundo período (2008-2015)." (in Carlos Gonçalves - Dissertação - O mercado de caminhões no brasil, FGV, 2016)


Outro fator que é importante para descrever a crise que oprime os caminhoneiros está contido nas estatísticas oficiais da ANTT - Agência Nacional de Transporte Terrestre, cujos dados relativos aos anos de 2015/2016, durante o auge da crise econômica legada pelo Partido dos Trabalhadores, que revelam um impacto negativo brutal no número de caminhoneiros autônomos (TAC - Transportador Autônomo de Carga) em atividade que decresceu em um ano de 918.391 para 622.328.




quarta-feira, 30 de maio de 2018

O caminhoneiro é um cara de classe média que é explorado em situação análoga ao escravo no Brasil (Versão divulgada no site Jus Navigandi)


O caminhoneiro é um profissional que trabalha muito e ganha mal, no sentido em que gasta muito em equipamentos e combustível em sua atividade, e é pressionado por todo o universo que o cerca, é um "marinheiro das estradas" que navega como os antigos portugueses em mares revoltos, com direito às tempestades, pirataria e naufrágios.


Em relação à realidade do setor de transportes posso afirmar que possuo algumas informações fidedignas, pois tenho atuado como advogado junto ao sindicato dos caminhoneiros autônomos do Pará, e há uma série de nuances neste tipo de mercado de trabalho, que julgo interessante destacar.
Há por volta de 01 milhão de caminhoneiros autônomos e microempresários que compõem a principal força de trabalho do setor, em paralelo há um alguns milhares de transportadores de médio e grande porte, bem como as famigeradas "transportadores de posto de gasolina" que funcionam somente como intermediários de mão de obra, pois na prática essas "transportadoras" não possuem frotas próprias, simplesmente retiram comissões sobre os fretes contratados, mas, que são efetivamente executados pelos autônomos.
Por outro lado, o perfil do caminhoneiro autônomo é basicamente uma pessoa de classe média que tem vida de estivador, são empreendedores que investem centenas de milhares de reais em seus equipamentos, mas em função de uma vida itinerante não possuem aquela tranquilidade aburguesada de lidar com problemas legais, contratuais e judiciais com aquela paciência de outras pessoas cujo domicílio profissional é menos inconstante.
Em suma, o caminhoneiro autônomo é constantemente trapaceado por todo mundo, seja governo, embarcador, transportadora, destinatário, fiscalização tributária e policiamento pelo Brasil a fora, e é totalmente incapaz de reagir com eficácia quando submetido a diversas práticas criminosas, e corriqueiras, em sua atividades, como é o caso da "carta frete" (recomendo que se faça uma pesquisa do assunto), bem como há uma flagrante discriminação social contra a figura do "caminhoneiro", uma vez que à falta de opções é um trabalhador que normalmente é forçado a estacionar em acostamentos e estacionamentos de postos de gasolina sem qualquer amparo hoteleiro ou de estadia, é meio que uma vida de "cigano", fator este que tem afastado as novas gerações dessa vida sofrida.
Por fim, nestes últimos anos, por uma grande gama de fatores (facilitação de financiamento em massa de caminhões por parte do BNDS, recessão causada pelos governos da chapa PT/PMDB, ausência de fiscalização da ANTT, etc.) ocorreu uma forte pressão para suprimir o valor do custo do frete, assunto que tem sido a principal pauta nos últimos três anos, e, tem sido objeto de reuniões infrutíferas no âmbito do Ministério dos Transportes, e, assim, uma boa parte da pressão inflacionária acabou sendo estocada na manutenção artificial de baixos preços dos fretes.
Há uma intensa inflação armazenada nos custos defasados do setor de transporte, e, creio que em breve essa inflação de custos será necessariamente repassada, sob pena de colapso do setor de transportes.
Em relação ao movimento grevista houve sua necessidade como forma de reação e de autopreservação acionada pelo caminhoneiro autônomo, em meio ao qual tem muita gente em fúria, e neste jogo há diversos sindicatos, associações e comunidades de WhatsApp, digamos que o setor é uma anarquia organizada que se ordena pelo imperativo da sobrevivência, afinal esse é o objetivo de sistemas vitais abertos.

Texto divulgado no site Jus Navigante em 29/05/2018:

domingo, 3 de julho de 2016

É BOM CITAR: MARXISMO, TEORIA DO VALOR E COLAPSO DAS DEMOCRACIAS NAS TROPAS ESTELARES



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- É claro,  a definição marxista  de valor é ridícula. Todo o trabalho que alguém se importe em agregar a uma torta de lama não vai transformá-la numa torta de maçã; ela continua sendo uma torta de lama, de valor zero. Por outro lado, trabalho malfeito pode facilmente subtrair valor; um cozinheiro sem talento pode transformar massa saudável e maçãs verdes frescas, que já têm algum valor, numa mistureba indigesta, de valor zero. Inversamente, um grande chefe de cozinha pode moldar esses mesmos materiais num confeito de maior valor que uma torta de maçã comum, com não mais esforço do que um cozinheiro comum usa para preparar um doce comum.

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"Esses exemplos culinários deitam por terra a teoria  marxista do valor, a falácia da qual provém toda a fraude magnífica do comunismo, além de demonstrar a verdade da definição sensata do valor, medida em termos de uso" (p. 126-7)

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..."Valor" não tem significado a não ser em relação a seres vivos. O valor de algo é sempre relativo a uma pessoa específica, é completamente pessoal e diferente em quantidade para cada humano vivo. O "valor de mercado" é uma ficção, apenas uma estimativa grosseira da média dos valores pessoais, todos os quais devem ser quantitativamente diferentes ou o comércio seria impossível.


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- Essa relação extremamente pessoal, o "valor", tem dois fatores para um ser humano: primeiro, o que ele pode fazer com uma coisa, a sua utilidade para ele... e, segundo, o que ele precisa fazer para consegui-la, o seu custo para ele. Há uma velha canção que defende que "as melhores coisas da vida são de graça". Falso! Completamente falso! Essa foi a trágica falácia que provocou a decadência e o colapso das democracias do século XX; aqueles nobres experimentos falharam porque o povo foi levado a acreditar que podia simplesmente votar por qualquer coisa que eles quisessem... e recebê-la, sem trabalho duro, sem suor, sem lágrimas. Nada de valor é grátis. Mesmo o sopro da vida é pago no nascimento, lutando e sofrendo para respirar. [...] (p. 128)


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No meu entender, ao compor aquela canção, o poeta quis dizer que as melhores coisas da vida precisam ser compradas com outra coisa, não com dinheiro. O que é verdade, da mesma forma que o significado literal das palavras é falso. As melhores coisas da vida estão além do dinheiro; o preço delas é sofrimento e suor e dedicação... e o preço exigido pela mais preciosa de todas as coisas da vida é a própria vida. O supremo custo em troca do perfeito valor. (p. 129)

(Robert A. Heinlein (1907-1988). Tropas Estelares; tradução Carlos Angelo; São Paulo: Aleph, 2015)