Vivenciamos a primeira depressão econômica "do amor" no período 2015/2016, passamos pelo freio de arrumação realizado no governo tampão de Michel Temer, que entre outras coisas, promoveu a criação do antigo teto fiscal e da lei das estatais, por conta do então recente impacto dos escândalos de corrupção petistas.
Sobrevivemos economicamente à pandemia, pois, afinal, o presidente Bolsonaro é um especialista em sobrevivência, e, agora, estamos caminhando para a segunda depressão econômica "com muito mais amor", os limites de gastos públicos foram revogados e as estatais voltaram a ser uma presa da politicagem corrupta.
Sobre o presidente Bolsonaro tenho algumas reflexões oriundas de algumas opiniões que tenho ouvido aqui e ali, principalmente, de alguns intelectuais conservadores que afirmam que o mesmo foi um fracasso em termos de exercício de poder e um covarde por não ter conseguido mudar o Brasil.
O fato histórico, e diria, milagroso, que mudou nossos rumos históricos foi a tentativa de assassinato político que ocorreu em 06/09/2018, afinal um homem de 63 anos de idade ser esfaqueado em uma via pública lotada de gente, sofrer perfuração do intestino, sofrer perda massiva de sangue e sobreviver para prosseguir uma campanha política acirrada, e, ainda, seguir em combate por 4 anos de um governo que enfrentou a máquina de moer reputações tanto da imprensa, quanto da política, em meio a diversas calamidades universais e mesmo locais, vide a tragédia de Mariana, não é para qualquer um.
Imagino um homem que sofreu tal tipo de atentado, que além do caráter mortal, ainda lhe deixou durante quase 05 meses sofrendo todos os incomodos de uma bolsa de colostomia, além de diversas intervenções cirurgicas, e, cogito também sobre as sequelas psicológicas relacionadas aos traumas que eventualmente se instalaram na mente desse homem, que foi ferido durante uma batalha que deveria ser somente de palavras.
O período do governo Bolsonaro nos revelou alguns "milagres" inauditos até então, descobrimos que o serviço público federal quando bem gerido é um sistema de governança eficiente, percebemos que há dinheiro para fazer frente às despesas e investimentos públicos e que obras paradas por décadas poderiam ser concluídas, e bem construídas.
Vislumbramos que é possível um governo não se render à corrupção e que promova ações favoráveis ao Povo, tal como a redução de impostos e a responsabilidade fiscal, mas, sobretudo, um governo que presou pelas liberdades fundamentais.
Mas a máquina escrota do poder corrupto uniu forças, venceu a eleição, revogou todas as regras que haviam sido estabelecidas para frear o "toma lá dá cá", e vivenciamos uma invasão vertical dos bárbaros que vem desde o topo da pirâmide, na qual a classe endinheirada esquerdista/centrista lança suas garras sobre a poupança, a renda e o trabalho do Povo, restaurando-se uma velha tradição herdada das cortes de Lisboa de nos considerar como uma boa "vaca leiteira", tradição esta que fora suspensa por milagrosos 04 anos que cada vez mais deixarão saudades conforme o atual estado de coisas se deteriore.
Agora nosso dever é sobreviver à próxima depressão econômica amorosa que se avizinha, na qual uma reforma tributária causará a queda da arrecadação para níveis alarmantes, a atual gestão pública colapsará tudo, todos e "todes", e, particularmente, vou ficar achando que toda a desgraça que sobrevirá ainda será pouco, mas, o que dizer? Sobrevivamos, sobrevivamos!
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