O trauma e a decepção são etapas no caminho da maturidade, pois nos habitua com nossa condição humana, humilde e nua diante dos desafios horríveis ou sagrados do dia-a-dia.
O trauma atual da nacionalidade é relacionado à constante queda de heróis ministeriais de um governo cujo cabeça é apelidado de Mito.
Quanto aos heróis tenho uma visão antropológica diversa da corrente, uma visão mimética e girardiana.
Herói é um conceito criado na literatura grega, o herói é trágico, é um personagem punido por suas culpas por atos imperdoáveis, pois seu destino cruel foi decidido pelos deuses, ele deverá ser sacrificado para salvar a Cidade.
Com Cristo revela-se que o herói é uma vítima inocente, que poderá ser perdoada e renascer liberta do destino da morte sem sentido, há uma promessa sagrada, provada pela Paixão e Ressurreição, que o liberta e torna-o, não mais um herói, mas, um mártir, em defesa da santidade.
Então, o que se deve mirar não é a condição humana e trágica, inerente ao mundo, mas a santidade que nos remunera com a vida eterna e bem aventurada.