Ésquilo (525/524 a. C.- 456 e 455 a.C)
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Ésquilo, por volta de 400 anos a. C., já afirmava que na guerra, a verdade é a primeira vítima, parafraseando-o, posso afirmar que nessa pandemia do vírus chinês, o bom senso foi a primeira vítima, uma vez que é óbvio que quarentena não é isolamento de toda a população, mas o isolamento de pessoas infectadas ou de pessoas do grupo de risco.
A religião positivista que erigiu a ciência como a medida de todas as cousas é tão estúpida que pressupõe uma permissão burocrática para liberar novos tratamento em plena emergência e calamidade.
Prefiro ficar com Aristóteles (Estagira, 384 a.C. – Atenas, 322 a.C.) que, por ser filho de médico, possuía senso comum suficiente para saber que a medicina é filha da arte e da experiência de cuidar paciente por paciente, com todas suas idiossincrasias.
O bom senso, se vigorasse ainda, deveria nos remeter à necessidade de sustentar a continuidade dos bens da vida, para que possamos ter recursos para tratar dos mais necessitados.
Para onde foi parar a experiência e a arte acumuladas pelos séculos dos séculos?
Aonde está a confiança na responsabilidade e no engenho humanos?
O medo da morte nublou o entendimento do Povo e seus governantes, e este mesmo medo está servindo de atalho para inúmeras formas de morrer, uma mais insidiosa que a outra, seja pela fome, seja pela violência, pela depressão e desespero, ou mesmo por meio de guerras.
Quem viver verá!
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