Necessitamos
que alguém nos dirija a palavra,
senão enlouquecemos ou adoecemos.
A primeira condição para a saúde
é que alguém fale conosco
com sinceridade de propósitos,
como se fôssemos únicos.
(Eugen Rosenstock-Huessy, A origem da linguagem, p. 231)
A pessoa que nunca foge à responsabilidade,
que sabe que não pode fugir
à responsabilidade,
adquire o direito de dar ordens.
(Eugen Rosenstock-Huessy, A origem da linguagem, p. 234)
Quem está pronto para abandonar-se
a si mesmo
e depositar toda a sua fé
no nome de outra pessoa
é trazido para fora
e para cima de si mesmo,
e se torna depositário,
líder
e representante do nome invocado.
(Eugen Rosenstock-Huessy, A origem da linguagem, p. 237)
Há um termo algo batido
para designar essa forma da saúde do falante;
chamamo-la "responsabilidade".
Mas o termo perdeu sua pujança
por ter sido usado de maneira
demasiado ativa.
"Vem, Johnny!" é um responsório
em que mãe e filho se perdem a si mesmos:
ela lançando todo o seu peso
sobre o vocativo;
ele permitindo que o imperativo
se acomode nele,
o paciente da ação, como num "escabelo".
Ninguém pode ser "responsável"
sem resposta;
seria uma existência por demais unilateral.
(Eugen Rosenstock-Huessy, A origem da linguagem, p. 238)
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