Já o primeiro rei de Portugal, Dom Afonso Henriques, o Afonso I no início de longa crônica,
proclamava ter visto, na Batalha de Ourique, 1139...
Batalha de Ourique de Jorge Colaço no Centro Cultural Rodrigues de Faria. |
"Eu sou o fundador e destruidor de impérios, e quero em ti e teus descendentes fundar para mim um Império"
Daí o brasão nacional português vir a ser uma esfera, representando o orbe armilar em meridianos e paralelas, mas cercado pelas cinco chagas do milagre-profecia...
Foi esta ativa esperança messiânica, transmitida de geração em geração lusa,
que deu ânimo ao Infante Dom Henrique, o Navegador, refluir dos reveses no Norte da África para se projetar pelo Mar-Oceano afora, novas terras adentro da África, América e Ásia,
projetava a península ibérica pelos oceanos,
na mista empreitada de fé guerreira e interesses mercantis,
à maneira antiga de Veneza e Gênova
mais o espírito peregrino medieval de Santiago de Compostela.
Um Estado clerical-militar-comercial
era transposto de uma margem à outra do Atlântico
encontrando no Brasil menor resistência de culturas ameríndias menos complexas do que as do Peru e México sob dominação espanhola.
Na África e Ásia, a maior resistência inviabilizou a repetição da experiência, e a cultura lusa teve de coexistir com populosas culturas nativas.
(Vamireh Chacon, Deus é brasileiro: o imaginário do messianismo político no Brasil. 2ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1998, páginas 18-20)
MUITO BOM MESMO ESSAS CRONICAS
ResponderExcluirExcelente!
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