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sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

O POLITICAMENTE CORRETO É A LIBERDADE SOCIALIZADA

Não há inferno. Bosch, parte do Jardim das Delícias

A verdade não é um artigo que se possua como um objeto material, é algo que se revela na forma de uma realidade, cujo conhecimento demonstra algo objetivo, é um obstáculo, é um pedra de tropeço, é um escândalo, e, por mais que o subjetivismo individualista, ou socialista, se rebele perante tal concretude, perdura a verdade como algo luminoso que se evidencia de forma penetrante aos olhos do corpo, do intelecto e do espírito, afinal, a verdade é algo politicamente incorreto, dado que a política é o reino da mentira.

Quando alguém acredita que a verdade é subjetiva, e, portanto, relativa a cada pessoa, acaba por considerar que a verdade é algo que se inventa livremente, ou seja, julga-se que qualquer mentira pode ser considerada uma verdade com fundamento unicamente na vontade individual, daí, quando uma mentira é encampada por um grupo de indivíduos cria-se o argumento de que a mentira... digo, a "verdade" desse grupo deverá ser imposta por ser uma "verdade" considerada necessária pela vontade política de um grupo, assim temos a mentira coletivizada erigida ao estado de "verdade politicamente correta", realmente, na alma liberal se esconde o monstro socialista.

domingo, 16 de outubro de 2016

É BOM CITAR: BENTO XVI E O SUBJETIVISMO CARTESIANO


A humildade de quem estuda está em reconhecer que se existe uma boa idéia esta já foi pensada anteriormente, lá pelas tantas, depois de escrever muito sobre o subjetivismo cartesiano, deparo-me com estas passagens de nosso Papa Bento XVI, citado pelo Padre Fabiano Micali, D'Oratório na introdução à obra "O Purgatório" do Padre Faber:

[...] "nenhum homem é uma mônada fechada em si mesma. As nossas vidas estão em profunda comunhão entre si; através de numerosas interações, estão concatenadas uma com a outra. Ninguém vive só. Ninguém se salva sozinho. Continuamente entra na minha existência a vida dos outros: naquilo que penso, digo, faço e realizo. E, vice-versa, a minha vida entra na dos outros: tanto para o mal como para o bem (Spes Salvi, n. 48)" (p. 23)

[...] "vai-se constituindo uma ditadura do relativismo que nada reconhece como definitivo e que toma com última medida apenas o próprio eu e as suas vontades" [...] "segundo o qual tudo equivale e não existe verdade alguma, nem qualquer ponto de referência absoluto, não gera a verdadeira liberdade, mas instabilidade, desorientação, conformismo às modas do momento" [...] "ameaça ofuscar a verdade imutável a respeito da natureza do homem, do seu destino e do seu bem derradeiro" (p. 24)

Frederick William Faber

Padre Fabiano prossegue referindo que "uma visão redutiva da realidade ao 'afirmar que o ser humano nada pode conhecer com certeza, para além do campo científico positivo'" (loc.cit.), e que:



"Um homem cuja medida da sua existência é a técnica, é um homem condenado os limites da sua técnica; condenado aos seus limites, condenado a si próprio. E com não é natural que encontre toda a sua satisfação em si mesmo, este homem está condenado à sua insatisfação; e, finalmente, à solidão, à angústia e também ao desespero. Porque a liberdade e a dignidade humana não são bens que se possam viver pela metade. Ou tudo ou nada! É impossível ao homem construir sua vida com dignidade e, ao mesmo tempo, mantê-la em liberdade sob o relativismo, que reduz o homem à total dependência de si próprio, ou seja, à escravidão de si próprio." (loc.cit.)

FABER, Frederick William. O Purgatório. Tradução de Antônio Emílio Angueth de Araújo - Campinas, SP : Eclesiae, 2013.