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terça-feira, 7 de maio de 2019

O JULGAMENTO DE OLAVO DE CARVALHO


"...entre as muitas mentiras que divulgaram, uma, acima de todas, eu admiro: aquela pela qual disseram que deveis ter cuidado para não serdes enganados por mim, como homem hábil no falar."  (Platão, Apologia de Sócrates)



Olavo de Carvalho não é um político, não é um artista midiático, não dispõe de nenhum patrocínio da grande indústria ou de ricas fundações, a única força que utiliza é a potência de suas palavras que articulam o poder de suas idéias e opiniões.

O momento histórico é algo fora de qualquer classificação, na qual um indivíduo ausente da folha de pagamento do governo federal é tratado como parte deste mesmo governo da qual não faz parte, pelo simples fato de ser um escritor, e, sobretudo, um filósofo, à qual um Presidente da República dá ouvidos, por este motivo tornou-se uma espécie de um "partido de um homem só", e tornou-se alvo de um fogo concentrado de todos os poderes da República.

Um homem e suas idéias, uma única vontade e suas palavras, contra um idoso que se atreve a falar voltam-se a mídia em peso, a classe política como um todo, aí incluídos os mercenários e oportunistas do PSL e, incrivelmente, uma legião de velhinhos de pijama que se julgam a guarda pretoriana do Capitão Bolsonaro.

A desproporção de forças é exasperante em duas perspectivas, a primeira no momento presente na medida em que um homem vem sendo atacado pelos poderes constituídos por simplesmente falar, enquanto que a segunda perspectiva encerra uma ironia fundamental, que é a perspectiva da eternidade, sendo que nesta dimensão a posteridade perceberá que a grandeza da força da personalidade de um indivíduo suplantou uma miríade de almas pequenas e baixas, e tal como Sócrates, Olavo poderia afirmar: 

"Saibam, quantos o queiram, que por isso sou odiado: é que digo a verdade, e que tal é a calúnia contra mim e tais são as causas. E tanto agora como mais tarde ou em qualquer tempo, podereis considerar estas coisas: são como digo."

sábado, 20 de maio de 2017

AFORISMOS: VIDA INTERIOR E PARTÍCULAS



SOBRE A VIDA INTERIOR 

A vida interior é o testemunho de um esforço da vontade, que almeja obter a sinceridade da consciência para consigo mesmo.

A vida interior define-se como autoconsciência que possui a seriedade necessária para se alcançar o nível das verdades espirituais.

O discurso interior da consciência não é excludente das outras formas de vida da inteligência, mas é uma definição que remete à complexa relação entre a simplicidade do ser uno e indivisível em sua inteireza, algo que define a alma, e nossa impossibilidade empírica de obter informações fora do campo espaço-temporal, em cujo contexto só podemos ter acesso de modos parciais e especializados.

Há que se ter uma forma de juntar o que está separado!

As sendas de Sócrates e Cristo são bons caminhos a se trilhar.

O SIMPLES E O CONCRETO

O simples é o atributo do uno, e o uno contém a totalidade que é considerada simples somente perante aquele que é o Ser em sua integralidade, o concreto como é percebido pela percepção humana é um complexo sem fim, simplificado em abstrações provisórias com o uso de recursos verbais e mentais.

PARTÍCULAS E O LIMITE DA METODOLOGIA

Até onde sei os limites são conceituais, pois não há uma verdadeira observação e medição direta, alguma coisa escapa à "observação científica".

A metodologia da pesquisa científica na área da física de partículas suscita perguntas sobre os verdadeiros problemas relativos à realidade da física de partículas.

Perguntas de natureza ontológica a respeito da objetividade e concretude do mundo, da qual a metodologia abstrai somente alguns dados parciais.

CONTÍNUO, CONCRETUDE E OBJETOS FÍSICOS

Há uma distinção entre o contínuo da realidade como o percebemos, que é a concretude das coisas, e as hipóteses descritivas do objetos físicos, oriundos de uma abstração cheia de hipóteses e condições matematizáveis.

Por mais que haja indícios de tais objetos físicos, os mesmos são elementos parciais, parcialmente detectáveis, que se encontram inseridos no contínuo, não são apartados de fato, mas somente são abstraídos com base no corte metodológico científico.

Há uma gama muito grande de objetos e fenômenos cuja realidade escapa à pesquisa.

18.05.2017 - Werner Nabiça Coêlho