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quinta-feira, 12 de outubro de 2017

O QUE CONSERVAR?!

Nosso problema é justamente essa noção de constituição estruturada ideologicamente como um mandamento divino, em 1988 nos lançaram dentro de uma armadilha que agora está se fechando, a constituição jurídica está separada de nossa constituição social, estamos na emergência de um período de ajustes que serão muito violentos para os beneficiários deste esquema que está estabelecido


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Meu amigo me pergunta o que fazer? Não sei muito não... mas, por enquanto, creio que preparar o espírito para as dificuldades vindouras, afiar a mente para pensar em cenários de sobrevivência, e, dentro das forças pessoais de cada um ainda é possível agir quando necessário, e, sobretudo, aprender com todas as desilusões, pois a realidade brilha com mais esplendor quando a visão das coisas é verídica, essa é a origem da prudência, que é aprender com as próprias decepções, e, se possível, com as alheias

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A tensão está no ar como uma carga de energia prestes a romper o éter com a fúria e o som do trovão, creio que a história dos próximos anos sofrerá uns bons solavancos, teremos, talvez, um período duro, tal como foram os anos 30/40 do século XIX, durante a qual a nacionalidade experimentou riscos de dissolução, de uma forma ou de outra, estamos assistindo ao teatro da história se encaminhando para a encenação de nossa tragédia, todavia, espero que nossa comédia habitual prevaleça, pois é melhor 
ser um tolo que ri da própria imprudência que ser um herói preso ao destino e ao sofrimento

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Aristóteles estudou a conduta humana conforme a virtude, esta é a ética, cuja culminância é a virtude da justiça, deste ponto de partida ele passou ao estudo da política, o meio prático pela qual o corpo social poderá ser sustentado por diversas formas de organização, conforme a complexidade social e o caráter de um povo determinado, o bem comum poderá ser perseguido sob as ordens de um monarca, uma aristocracia ou por meio de uma república representativa, o elemento de distinção é a busca justiça por meio de uma phronesis (justiça concreta, prudência) que sustente e conserve o legado de todo aquele bem que as gerações anteriores conquistaram a duras penas, e que cada geração tem o dever de reavivar a chama

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O animal racional, que se ocupa de sua autopreservação com base em seu trabalho, que protege sua família, defende sua pátria e ama a Deus, ou pelo menos permite que o próximo assim o faça com liberdade, possui o instinto inerente à política conservadora

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Conservador é como o capitão cuja habilidade é confirmada em meio à tempestade, é aquele que consegue aportar em segurança, pois navega considerando a realidade objetiva

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A verdade, manifestada no que é bom, belo e justo, é a única referência válida para algo que se julgue uma política conservadora


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O bem e o mal são posições morais tomadas perante a realidade, na luta entre a ilusão demoníaca e a objetividade divina


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Esquerda e direita são facções oriundas do conflito entre os revolucionários maçônicos durante a revolução francesa



Werner Nabiça Coêlho