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quinta-feira, 5 de abril de 2018

A CERTEZA OBJETIVA ORIUNDA DA REALIDADE CONCRETA




Os sentidos podem ser eventualmente ilusórios , mas, certamente, na maior parte do tempo são exatos e precisos, ai de quem não acredita nos próprios olhos ao atravessar uma rua e fique filosofando sobre coisa em si que se aproxima a 100 Km/h.

A fé cega no criticismo subjetivista, inaugurado por Descartes e aperfeiçoado em grau máximo por Kant, Fichte e Hegel, é a condição prévia para que o marxismo seja considerado científico, é o sofisma absoluto do relativismo, não importa quantas vezes fracasse, continuará sendo considerado uma "hipótese científica".

Descartes criou o "Império da moda". 

A modernidade é a busca por novidades a qualquer custo, mesmo ao custo do bom gosto e do bom senso, e, por vezes, ao custo da própria sobrevivência da cultura ocidental.

A busca pelo conhecimento tem diversos métodos mas um único objetivo: 

A CERTEZA OBJETIVA ORIUNDA DA REALIDADE CONCRETA.

Afinal, somos seres concretos e objetivos, não podemos ser reduzidos ao pensamento, sob pena de apresentarmos sintomas esquizoides.

O discurso do método cartesiano, matematizante e materialista, quando considerado como a única forma de atender ao critério da certeza dentro de um pressuposto subjetivista, que adota o ceticismo em relação à realidade objetiva, nos encaminha para o empobrecimento da percepção da realidade, e para o reino em que somos equiparáveis a meras máquinas e julgados conforme nossas possíveis utilidades conforme o gosto arbitrário de quem dispõe de poder e/ou influência social, e, assim, bem vindos ao mundo contemporâneo e sua "modernidade", o reino da moda.

O ceticismo, que se configura na origem de qualquer criticismo, seja em suas origens clássicas, seja em sua versão moderna cartesiana, é uma forma deficiente de encarar o mundo, pois castra voluntariamente a percepção humana, ao considerar a eventual limitação do poder do conhecimento humano como um dado absoluto, não como apenas uma parte do problema da realidade.

Defendo o realismo ingênuo, ou realismo não-crítico, postulo que a realidade objetiva é o dado absoluto, diante do qual a percepção subjetiva promove os diversos graus de conhecimento relativo, e essa relatividade é oriunda de nossas limitações perceptivas meramente e demasiadamente humanas.