Uma breve distinção entre os níveis da linguagem na Teoria dos Quatro Discursos de Olavo de Carvalho.
O nível poético da linguagem é o mais concreto, no sentido de percepção direta da realidade em seu caráter simbólico.
O nível retórico é a introdução da subjetividade da doxa, onde alguém pretende que sua opinião prevaleça.
O nível dialético é o embate entre doxas divergentes, na busca de veracidade passível de demonstração racional.
Veja-se que o problema é que a veracidade racionalizadora está em potência desde o nível poético, ela é possível de muitas formas, quantas forem as possibilidades interpretativas, é o reino das possibilidades criativas.
No nível retórico há um fator político de imposição de idéias com base na verossimilhança do argumento.
Quando uma idéia passa pela depuração da disputa dialética, que se propõe eliminar incongruências e inconsistências do discurso, processam-se as descobertas das verdades que serão utilizadas pela lógica.
A lógica por sua vez é somente um nível da linguagem na qual já se está na posse de verdades científicas, e com base nessas conquistas alcançadas nas etapas anteriores.
Na linguagem lógica se estabelece um tipo de reducionismo, pois do reino do possível presente na poética passou-se para do verossímil, e deste para o verídico racional extraído da dialética, num processo constante de precisão da linguagem, o que diminui a abrangência do símbolo, tanto que a lógica é a fonte da matemática em seu processo silogístico.
Portanto, não pode o menos (a lógica) gerar o mais (o símbolo).
O símbolo é uma realidade ontológica e a linguagem é uma realidade epistemológica, sendo a lógica uma linguagem técnica e científica de verificação de validade silogística de certas realidades passíveis de tal avaliação em abstrato.
Werner Nabiça Coêlho - 19/08/2017
O nível poético da linguagem é o mais concreto, no sentido de percepção direta da realidade em seu caráter simbólico.
O nível retórico é a introdução da subjetividade da doxa, onde alguém pretende que sua opinião prevaleça.
O nível dialético é o embate entre doxas divergentes, na busca de veracidade passível de demonstração racional.
Veja-se que o problema é que a veracidade racionalizadora está em potência desde o nível poético, ela é possível de muitas formas, quantas forem as possibilidades interpretativas, é o reino das possibilidades criativas.
No nível retórico há um fator político de imposição de idéias com base na verossimilhança do argumento.
Quando uma idéia passa pela depuração da disputa dialética, que se propõe eliminar incongruências e inconsistências do discurso, processam-se as descobertas das verdades que serão utilizadas pela lógica.
A lógica por sua vez é somente um nível da linguagem na qual já se está na posse de verdades científicas, e com base nessas conquistas alcançadas nas etapas anteriores.
Na linguagem lógica se estabelece um tipo de reducionismo, pois do reino do possível presente na poética passou-se para do verossímil, e deste para o verídico racional extraído da dialética, num processo constante de precisão da linguagem, o que diminui a abrangência do símbolo, tanto que a lógica é a fonte da matemática em seu processo silogístico.
Portanto, não pode o menos (a lógica) gerar o mais (o símbolo).
O símbolo é uma realidade ontológica e a linguagem é uma realidade epistemológica, sendo a lógica uma linguagem técnica e científica de verificação de validade silogística de certas realidades passíveis de tal avaliação em abstrato.
Werner Nabiça Coêlho - 19/08/2017
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