– Sou melhor do que um advogado; a minha mente não está atulhada de precedentes. Posso ser criativa. (p. 24)
– Johnnie, não tens conserto. Se isso bastasse, não haveria tribunais. (p. 37)
– Oh, despacha-te! A lei é tudo aquilo de que conseguires convencer um tribunal. (P. 38)
– Não gosto de adiamentos à última hora, Sr. Comissário. Sempre me pareceu injusto ordenar a gente ocupada que se reúna num sítio, à sua própria custa, e com muito incómodo pessoal, e depois dizer-lhes que voltem num outro dia. Não cheira muito a justiça. (p. 43)
Permita-me que explique. Nós, cuja profissão é jogar com as palavras, sabemos o pouco valor que estas têm. O paradoxo só pode existir em palavras, nunca nos factos que lhes estão por trás. […]
Mas conseguimos manter uma
forma republicana de governo e manter costumes democráticos.
Podemos orgulhar-nos disso. Mas não é uma autêntica democracia,
nem pode ser. Considero ser nosso dever manter esta sociedade unida
enquanto se adapta a um mundo estranho e aterrador. Seria agradável
discutir cada problema, fazer uma votação, mais tarde repeti-la se
se provar que o julgamento coletivo estava errado. Mas raramente é
assim tão fácil. A maior parte das vezes estamos na situação dos
pilotos de uma nave em caso de emergência de vida ou de morte. Será
obrigação do piloto fazer palestras aos passageiros? Ou será sua
obrigação usar a sua habilidade e experiência para os trazer a
salvo para casa? (p. 186)
HEINLEIN, Robert. A. O monstro do espaço. Tradução de Inez Busse. Publicações Europa-América, lda.: Mira-Sintra Mem-Martins, s/d