quinta-feira, 1 de junho de 2017

TEXTOS HIPOCRÁTICOS: DA NATUREZA DO HOMEM



CAIRUS, Henrique F. “Textos hipocráticos: o doente, o médico e a doença”. Henrique F. Cairus e Wilson A. Ribeiro Jr. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ, 2005, 252 p. (Coleção História e Saúde)


“Trata-se de um texto norteado por um novo conceito que as Escolas Médicas de Cós e Cnido trazem a essa cultura que mutatis mutandis é a nossa: a verdade pragmática, não ideal (como a socrática), nem somente comprovável (como a de Empédocles ou a de Anaxágoras), mas já comprovada, pretensamente abnuente de dogmas, que necessitava de uma expressão divulgadora em nome de um altruísmo ainda pouco conhecido, capaz de, qual em Eurípedes, unir a humanidade, e não apenas os povos.” (p. 41)


DA NATUREZA DO HOMEM

CAP. 1

“Quando, pois, todos utilizam o mesmo juízo, mas não dizem as mesmas coisas, é evidente que não as conhecem” (p. 42)

“...é justo aceitar que quem fala conheça bem os assuntos, fazendo triunfar sempre seu próprio discurso, caso conheça ele a realidade e a demonstre como se deve” (p. 42)

CAP. 2

“...se o homem fosse uma unidade, nunca sofreria. Pois, sendo uma unidade, não haveria por que sofrer. Se realmente sofre, é necessário que haja também um único medicamento. Mas há muitos, pois há muitas substâncias no corpo, as quais, quando, contra a natureza, mutuamente se esfriam e se esquentam, e se secam e se umedecem, geram doenças; de tal modo que muitas são as formas (idéiai) de doenças e seus tratamentos vários” (p. 42)

“Apresentarei provas e apontarei as necessidades graças as quais cada substância aumenta e diminui dentro do corpo” (p. 43)

CAP. 3

[…]

CAP. 4

“O corpo do homem contém sangue, fleuma, bile amarela e negra; esta é a natureza do corpo, através da qual adoece e tem saúde. Tem saúde, precisamente, quando estes humores são harmônicos em proposição, em propriedade e em quantidade, e sobretudo quando são misturados. O homem adoece quando há falta ou excesso de um desses humores, ou quando ele se separa no corpo e não se une aos demais.” (p. 43)

CAP. 5

“...as substâncias que eu afirmaria constituírem o homem são sempre as mesmas segundo o costum e a natureza;” (p. 44)

“...segundo o costume, se distinguem, e nenhum deles tem o mesmo nome.” (p. 44)

“...de acordo com a natureza as aparências se diversificam” (p. 44)

“...cujas cores não se apresentam as mesmas diante dos olhos, nem parecem ser a mesma coissa ao ao toque da mão?” (p. 44)

“Podes crer que não são todos estes uma única substância, mas cada uma delas tem sua particular propriedade e natureza” (p. 44)

CAP. 6

“Pois o remédio, quando adentra o corpo, primeiro remove o que estiver mais de acordo com sua natureza nos órgãos internos do corpo; depois, extrai e purga os outros humores.” (p. 44)

CAP. 7

“Todos os anos compreendem todos os princípios: o calor, o frio, o seco e o úmido, pois nenhum desses princípios permaneceria um instante sem todas as coisas inseridas nesse universo; mas se um elemento qualquer faltar, todos desaparecem. Pois, a partir da mesma necessidade, todos eles se reúnem e se alimentam mutuamente. Do mesmo modo, se um desses humores congênitos faltasse, o homem nã poderia viver.” (p. 45)

CAP. 8

[…]

CAP. 9

“...o médico deve por-se em oposição às constituições das doenças, às características físicas, às estações e às idades, e relaxar o que estiver tenso, retesar o que estiver relaxado.” (p. 46)

“Quando muitos homens são ao mesmo tempo tomados por uma só doença, deve-se atribuir a causa dessa doença ao que é mais comum e àquilo de que todos nós nos servimos: que é isso que respiramos” (p. 46)

“Mas quando doenças de toda espécie surgem ao mesmo tempo, é evidente que as dietas são a causa...” (p. 46)

“...deve-se adequar o que foi observado, tendo em vista a natureza, a idade e a aparência do homem, a estação do ano eu tipo de doença, e proceder ao tratamento, ora separando, ora juntando os elmentos, como foi dito outrora por mim, e lutar contra cada condição das idades, das estações, dos aspectos, das doenças, com remédios e com dietas.” (p. 47)

“Quando se instaura uma epidemia, é evidente que as dietas não são sua causa; mas o que respiramos, este sim, é a causa, e é óbvio que este paira contendo alguma secreção insalubre” (p. 47)

CAP. 10

[…]

CAP.11

[…]

CAP. 12

[…]

CAP. 13

“As doenças recentes, das quais as razões são bem conhecidas, essas são os que permitem diagnósticos mais precisos. Deve-se, pois, proceder à cura delas opondo-se à causa da doença; dessa forma será possível, com efeito, livrar-se do que torna possível a doença no corpo.” (p. 49)

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