Concedei-me, Ó Cristo, a graça de achar
- Ó Filho do Deus vivo! -
Um casebre em local ermo,
Para servir-me de morada.
Um pequeno e claro poço,
Bem ao lado da casinha,
Onde a graça vai lavar
Os pecados do lugar.
Um belo bosque, ao redor,
A fim do vento proteger,
E aos pássaros dar um lar,
Santuário a cantar.
Que seja voltada para o Sul,
Com brisa fresca e regato,
Um pasto verde e bom solo
E frutos que caiam ao colo.
Que eu escolha companheiros,
Em número e qualidade,
Homens humildes e calmos,
E que saibam cantar salmos.
Quatro atrás de três, três de quatro,
O cântico a recitar;
Seis rezando à porta sul,
Seis ao norte a declamar.
Dois a dois, meus doze amigos,
Não posso o número errar,
Orando comigo ao Rei
Que dá-nos a luz e a lei.
Linda igreja, um lar para Deus,
Ornada com linhos finos;
Que o Evangelho na capela
Brilhe sempre à luz da vela.
Casebre que a todos guarde,
Que a todos dê um conforto,
Negue a lascívia e a arrogância,
Promova o bem e a constância.
Tudo aquilo que preciso
Tenho ganho, sem pagar;
Verduras, aves e peixe,
Frutas, mel e lenha em feixe.
Minha roupa e meu sustento
Vêm do Rei, tão singular;
Deixai-me, às vezes, a sós
A rezar por todos nós.
- Ó Filho do Deus vivo! -
Um casebre em local ermo,
Para servir-me de morada.
Um pequeno e claro poço,
Bem ao lado da casinha,
Onde a graça vai lavar
Os pecados do lugar.
Um belo bosque, ao redor,
A fim do vento proteger,
E aos pássaros dar um lar,
Santuário a cantar.
Que seja voltada para o Sul,
Com brisa fresca e regato,
Um pasto verde e bom solo
E frutos que caiam ao colo.
Que eu escolha companheiros,
Em número e qualidade,
Homens humildes e calmos,
E que saibam cantar salmos.
Quatro atrás de três, três de quatro,
O cântico a recitar;
Seis rezando à porta sul,
Seis ao norte a declamar.
Dois a dois, meus doze amigos,
Não posso o número errar,
Orando comigo ao Rei
Que dá-nos a luz e a lei.
Linda igreja, um lar para Deus,
Ornada com linhos finos;
Que o Evangelho na capela
Brilhe sempre à luz da vela.
Casebre que a todos guarde,
Que a todos dê um conforto,
Negue a lascívia e a arrogância,
Promova o bem e a constância.
Tudo aquilo que preciso
Tenho ganho, sem pagar;
Verduras, aves e peixe,
Frutas, mel e lenha em feixe.
Minha roupa e meu sustento
Vêm do Rei, tão singular;
Deixai-me, às vezes, a sós
A rezar por todos nós.
Fonte:
Thomas Cahill, Como os irlandeses salvaram a civilização, Rio de Janeiro, Editora Objetiva, 1999.