quarta-feira, 14 de julho de 2021

UM INFIEL PERANTE O ESTADO-iGREJA




Existem três conceitos centrais no pensamento gramsciano, que são:


a) o "intelectual orgânico" que é qualquer pessoa com influência política e social que seja capaz de converter novos fiéis para a "verdade" do socialismo-comunismo;

b) a "hegemonia" que é o resultado da expansão da fé do socialismo-comunismo, por meio de seus apóstolos "intelectuais orgânicos", ou seja, é o resultada da execução de um projeto que finaliza expandir a influência do pensamento socialista, ao ponto de submergir a sociedade na linguagem politicamente correta de viés socialista-comunista, cria-se a polícia do pensamento, estabelece-se e consolida-se a formação cultural de um povo para somente de pensar da forma permitida pela hegemonia social-comuna;

c) em consequência do apostolado orgânico da revolução cultural, que estabelece uma hegemonia da política de esquerda, que por sua vez só permite o debate dentro do universo socialista, então, teremos o Estado-igreja (deixo o segundo termo em minúscula para não equiparar a macaquice esquerdista com a Santa Madre Igreja), fenômeno que no Brasil foi extremamente acelerado no interregno entre entre 1985 e 2018, ao ponto que foi consolidada uma hegemonia da política de viés esquerdista, que por muito pouco nos lança na etapa final e violenta da revolução comunista.

O Estado-igreja, cujo dogma é a fé politicamente correta do socialismo-comunismo, só permite a existência da "direita permitida", ou seja, a direita da esquerda representada por socialistas moderados ou social democratas ao estilo do PSDB.

Daí, em 2018 ocorreram eleições e desde 2019 surgiu um anátema, uma blasfêmia que desde então vem abalando as fundações do Estado-igreja, afinal, o quão absurdo é haver uma "polarização" no universo regido pela hegemonia da fé comuno-social?!

Por sinal, a comunidade dos fiéis da política-correta, que agora pede a fogueira contra os infratores, que promovem a demonizada "polarização", são identificados na teoria de Antônio Gramsci com o termo representantes da "sociedade civil" (1), ou seja, aqueles que possuem permissão para ter a "liberdade de expressão" ou, pior, a "liberdade de imprensa".

O Estado-igreja, uma representação do inferno na Terra, está abalado, e os seus apóstolos social-corretos estão rugindo e rangendo dentes a cada vez que o nome de Deus é proferido por aquele governante que possui Messias no nome, e tem sido muito mal educado conforme os padrões politicamente permitidos.

(1) Gramsci traduz na antítese sociedade civil/sociedade política uma outra grande antítese histórica, a que se dá entre a Igreja (e, em sentido lato, a Igreja moderna é o partido) e Estado. Por isso, quando fala de absorção da sociedade política na sociedade civil, ele pretende referir-se não ao movimento histórico global, mas somente ao que ocorre no interior da superestrutura, a qual é condicionado por sua vez - e em última instância - pela modificação da estrutura: temos, portanto, absorção da sociedade política na sociedade civil, mas, ao mesmo tempo, transformação da estrutura econômica dialeticamente ligada à transformação da sociedade civil." (Norberto Bobbio, O conceito de sociedade civil, original italiano: Gramsci e la concezione della societá civile, Edições Graal Ltda., Rio de Janeiro, 1994. 51-2)

sexta-feira, 19 de março de 2021

SOBRE DEMOGRAFIA E CONSPIRAÇÕES

 



Meu espírito conspiracionista desenvolveu a seguinte tese:
1) Existe desde os anos 1970 uma política pautada no combate à suposta explosão demográfica, sendo que naqueles anos anunciavam que o mundo não poderia produzir comida suficiente, daí veio a revolução verde que avançou as tecnologias de produção agrícola, sendo o Brasil um dos maiores beneficiários desses avanços;
2) Ao longo dos anos 1980 começou-se uma campanha de ecologismo cada vez mais radical, que se consolidou normativamente com a Eco-92, tendo sido tempos que desde então várias teorias foram lançadas (camada de ozônio, aquecimento global, mudanças climáticas), e a cada momento as fraudes científicas foram sendo expostas, nada colava para combater as causas da destruição da natureza, que em última instância continuava sendo a tal da explosão demográfica, daí veio a gestão Trump que deu por um tempo um pé na bunda do discurso ecologista com apoio americano;
3) Daí chegamos à era da biotecnologia, à era da energia, supostamente, limpa e verde, daí construíram redes sociais que possibilitam a criação de um governo por meio de créditos sociais geridos de forma centralizada pelo Estado, experiência que já é vivida intensamente na China, e, a mesma China é o país que de dois em dois anos mais ou menos tem tido experiências na qual algumas ameaças epidemiológicas eram tratada de forma ditatorial com bloqueios de cidades e prisão de indisciplinados, daí calha de no ano de 2020 a China desencadear uma pandemia de uma doença que afeta especialmente populações que gozam de condições de vida de alto padrão, uma doença que afeta a elite econômica e social da sociedade, os idosos que costumeiramente possuem o Poder de decidir as políticas pública, e, neste cenário, o modelo chinês de condução da crise pandêmica foi replicado, e basicamente todas as constituições nacionais foram revogadas na parte que garante os direitos e garantias fundamentais;
4) Na sequência um desastre começa a ser fomentado com a criação de um ambiente na qual o vírus chinês começa a ser estimulado a evoluir por meio de uma seleção artificial dos mais aptos, diga-se, mais infecciosos, para burlar os bloqueios e as vacinas que os atacam de forma desorganizada e sem qualquer ponderação científica séria, pois as decisões têm sido estritamente políticas;
5) A cereja por sobre o bolo é que diante da catástrofe o discurso do ecologismo radical agora anseia pelos permanentes bloqueios, em prol da preservação da natureza, e em razão disso começam a preparar o mundo para um tal de "reset", que será inflado pela tragédia que se avizinha em termos epidêmicos, estão conseguindo combater a tal explosão populacional com esta implosão auto infligida do sistema de saúde pública, na qual todos os meios de piorar a situação estão sendo implementados com muito gosto por todos os que pensam que algo de bom advirá.

Bem! Dito tudo isso, espero que meu pessimismo esteja completamente errado, queira Deus que assim seja