Quem manda nas minhas idéias?
Ao longo dos anos fui agraciado com algumas jóias, que passo a inventariar:
A ontologia aristotélica (com sua causa primeira que funda a verdade da realidade objetiva);
A teoria das idéias platônicas (que explica o caráter metafísico e eterno da verdade e inteligência da criação);
A teoria dos quatro discursos (que explica organicamente a relação entre poética, retórica, dialética e lógica) de Olavo de Carvalho;
A teoria do desejo mimético de René Girard (cujo mecanismo mimético criador do bode expiatório esclarece a fundação da cultura desde seu nível de criação da expressão verbal até à própria boa nova cristã, segundo uma perspectiva antropológica que justifica a necessidade do sagrado como mecanismo contentor da violência);
A teoria da causalidade vertical de Wolfgang Smith (que demonstra a existência da permanência da criação a partir das descobertas científicas da física quântica), que por sinal é um aplicação da teoria do hilemorfismo de Aristóteles (que demonstra a unidade essencial da forma e da substância de um determinado ser);
Lembro que o Estagirita também me presenteou com a teoria das quatro causas (formal, material, substancial e final), não posso esquecer da teoria tridimensional do direito do Miguel Reale (fato, valor e norma).
Daí volto ao Olavo e sua teoria do meta-capitalismo e suas extensas demonstrações sobre a natureza da economia e da sociedade utilizando-se dos fundamentos teóricos a respeito do mito e do símbolo segundo as bases de Eric Voegelin e Shelling, daí, com base em alguns outros autores (Alain Peyrefitte, Bertrand de Jouvenel, Pascal Bernardin, Richard Pipes, Jeffrey Richard Nyquist e outros que foram introduzidos pelo Olavo no abecedário nacional), e lembro dos discípulos do COF, aos quais me furto de indicar para que não vire uma listagem sem fim.
Penso que quem manda nas minhas idéias ainda sou eu, mais pelo menos sei quem anda me enviando os suprimentos e alicerces de minha cabana intelectual.
Werner Nabiça Coêlho
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